domingo, 17 de setembro de 2017

Temer na história dos vices do Brasil

Temer, Corrupto, corruptor, farsante, delinquente, acumulando denúncias de roubalheiras, caçado pelos Três Poderes e pela Policia Federal. Aos pés do cadafalso, acredita e se imagina um redivivo Robespierre, mas será enterrado politicamente no Departamento de Limpeza Pública
Desde que o vice Floriano Peixoto derrubou Deodoro e se apoderou arbitrariamente do poder, muitos vices assumiram, usando o mesmo subterfúgio. E a mesma tática e estratégia da conspiração das madrugadas. Em apenas três anos, de 1951 a 1954, levaram Vargas a um fim glorioso e histórico, desprezando o poder, preferindo deixar a vida para entrar na História. O vice, articulador de tudo, assumiu mas não governou, porque queria mais poder. Foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal em 22 de novembro de 1955.

Rapidamente, para lembrar e comparar com o Supremo de hoje. O advogado do vice em exercício, Café Filho, entrou no Supremo pretendendo que ele continuasse no poder. Sorteado relator, o notável Nelson Hungria levantou e, mesmo de pé, improvisou um voto magistral, afirmando que “o vice conspirador não pode continuar”. Seguido por unanimidade o voto de Hungria, Café Filho foi afastado, Juscelino assumiu sem susto em 31 de janeiro de 1956, depois de viajar 32 dias pelo mundo, como presidente eleito e ainda não empossado.

Assisti a essa sessão histórica, sentado na primeira fila, entre os extraordinários Milton Campos e Dario de Almeida Magalhães. Alguns ministros de hoje, não todos (mas a maioria) poderiam rever os anais. Que diferença. Talvez agissem de outro modo, recuperando o prestigio do Judiciário e salvando o país.

Agora, 57 anos depois desse episódio,um outro vice usurpador está no poder. Café Filho tinha apoios isolados, era conspirador desde 1935, mas não roubava. Antes da vice, morava num apartamento modestissimo. Como vice continuou morando ali, no Rio, só o presidente da Republica tinha palácio.

Vargas tinha dois: o Catete para trabalhar, o Guanabara para morar. Achou um exagero, eram vizinhos, ficou morando e trabalhando no belíssimo Catete, doou o Guanabara para o então Distrito Federal. (Temer, logo vitoriosa a conspiração, se apossou de três palácios).

Michel Temer preparou e consumou a conspíração parlamentar que o levou ao poder, com apoio ostensivo, enrustido ou escondido dos Três Poderes. E dentro deles, o que havia de mais podre em toda a História Republicana. Os que não participaram se acumpliciaram coletiva e pessoalmente pela omissão. Estão sendo recompensados até agora pela bandalheira comandada diária e diretamente, pelo maior LADRÃO da Republica. O próprio Temer, na acusação publica do ex-amigo tambem LADRÃO, Joesley Batista.

Depois de mais de 16 meses da elevação do vice a presidente, caiu para 3% de popularidade.. Presidentes, ditadores, vices em exercício, se exibiam e gostavam da comemoração do 7 de Setembro. Temer foi o primeiro que assistiu de longe, não participou,teve medo da repulsa geral. Não vai a lugar algum, se apavora com a possibilidade ou a expectativa de uma simples vaia, que ele sabe que virá.

Sua realidade, quase certeza, que transmite a áulicos e cúmplices, pelo menos os que ainda estão em liberdade, apesar de vastamente denunciados: “Nosso mandato vai até 2018, conto com vocês”. E não abandona aquele sorriso melífluo, blandicioso, dúbio, supérfluo, cansativo. Sua outra ideia fixa e repetida: se comparar com Robespierre e com a Revolução Francesa.

Temos que nos livrar de Temer, nada a ver com a Revolução de1789. A bela “Marselhesa” (que era para ser o hino da oposição mas não da Revolução), em determinado momento chama e conclama: “Ás armas, Cidadãos”. Não queremos as armas e sim os cidadãos.

Temos que expulsar Temer. Com apoio do Legislativo e do Judiciário se for possível. Sem eles, se for necessário.

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