quinta-feira, 25 de maio de 2017

O que fazer agora?

Assisto o programa comandado por Gerson Camaroti na Globonews entrevistando Ayres Brito, ex-STF, um brasileiro de boa fé e que indubitavelmente gosta do Brasil (coisa rara hoje em dia), e mais alguém.

E o programa acaba como todos acabam hoje: “Financiamento de campanhas só pelo estado é o remédio”.

Se a única alternativa aos 2ésleys e odebrechts é o estado é melhor desembarcar logo desse mundo. Porque a única coisa pior que essa corja é a corja do estado que criou esses dois.

Isso não é a saída, é o fim do beco; é o emparedamento da saída!


A única resposta que funciona para esse dilema é voto distrital puro que dispensa as quantidades de dinheiro de que só esses canalhas podem dispor única e exclusivamente porque atras deles esta o estado que agora querem deixar sozinho bancando as eleições. Faz sentido isso!

Se o candidato for o candidato do bairro, de um distrito eleitoral de um tamanho que faça sentido dentro da ideia de efetiva representação que, suponho, continua sendo tudo que visa a “democracia representativa“, ele só precisa de saliva e do dinheiro que seus próprios constituintes podem pagar para fazer campanha.

Esse remédio para montar legislativos e mais o referendo por iniciativa popular para bloquear todas as leis sacanas futuras e o recall para acabar com a impunidade dos representantes eleitos e você tem um país sob nova direção, com o direito à última palavra entregue a quem precisa de leis que prestem.

Isso inicia um processo virtuoso. Abre a possibilidade de irmos reformando o Brasil daí por diante, todo dia, pouco a pouco, defeito por defeito. Não tem outro jeito de fazer. Começar a conversa com listas enormes de reforminhas é o caminho mais seguro para não fazer nenhuma.

E o que fazer com o que está para trás?

Rever a constituição sob o critério inegociável da igualdade perante a lei, sem exceções. Isso basta para limpa-la de tudo que tem la que não presta.

Não tem de inventar nada! Ta tudo inventado ha 241 anos!

Tudo que nós temos de inventar é a condição para parar essa briga insana que nós não temos mais condições físicas nem materiais de levar adiante, dando a quem quiser aderir ao Brasil, nesta altura em que não sobra mais nenhum santo virgem em lugar nenhum nem do país oficial nem no país real, uma chance de se redimir.

Foco, senhoras e senhores! Três palavras para gritar e basta: IGUALDADE! REFERENDO! RECALL! Façam os seus cartazes e vão pra rua que sai. Tudo que a gente quis saiu. O problema agora é que ninguém sabe o que querer.

Ou é isso, ou vamos todos, engalfinhados, acabar exatamente onde querem nos levar os fascistas, arautos do ódio que babam fel e têm sede de sangue que o país inteiro viu atuando ontem dentro e fora do Congresso Nacional.

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