quarta-feira, 31 de maio de 2017

Governabilidade de escárnio

Quando a cadeira presidencial balança, o ocupante não vacila em subir nas tamancas. Alguns vão mais além: tiram do armário a fantasia, limpam a poeira e a naftalina, para mais se exibir com o garbo de quem sonhou com uma coroa de pedrarias de poder.

Com Michel Temer, bastou cair a máscara de beato político, senhor de leis, que as cumpre assim e assado, para se autocoroar. Nada de se estranhar no país do ministro Gilmar Mendes que "está se tornando uma grande organização Tabajara".

Infelizmente não é programa humorístico, mas uma grande patuscada da casta político-governamental, que se deixa corromper em nome de uma governabilidade de escárnio. 


Desde que pego pela língua tentando justificar-se e passando por cima dos crimes na calada da noite, jogou no lixo a toga de tribuno. Está nu e fede como qualquer parlamentar brasileiro investigado.

Quem iria levar o país à estabilidade e entrar na História não passa de outro, mais um da infindável série, mascarado. Faz no privado o que condena no público.

Para recuperar o já irrecuperável, troca seis por meia dúzia em plena crise política. Acuado pelo flagra da não explicação, confessa-se mais uma vez como reles político. A troca ministerial na Justiça, renda ou não frutos para seu carreirismo, desesteabiliza ainda mais a instável sociedade. Dar cartadas em prol da garantia no cargo, quando deveria governar, e não imperar, é mostra de que quer salvar uma biogrfia já enlameada.

Mais uma vezo país assiste às lideranças jogarem um Estado no fogo para livrar a pele entre a fumaça. É o espírito público da canalha.
Luiz Gadelha

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