sábado, 20 de maio de 2017

Aventuras totalitárias, à direita e à esquerda, precisam ser rechaçadas

Medida acertada do ministro Edson Fachin, ao quebrar o sigilo das delações dos irmãos Batista. A condução da Lava Jato, nesta fase decisiva, que tem como relator o ministro Fachin, tem se tornado uma agradável surpresa, pela rapidez nas decisões e pela eficiência comprovada. É um desempenho espetacular, seguindo a mesma linha do falecido ministro Teori Zavascki.

A cada semana, um estrondo se houve de longe, expondo as entranhas das relações espúrias entre o público e o privado. Entranhada em toda a máquina pública, a corrupção é indiscutivelmente a razão da crise econômica. Bilhões foram desviados para irrigar contas abertas em paraísos fiscais e para compor fortunas colossais no mercado interno.

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O dinheiro surrupiado é de tal monta que, no mínimo, dez gerações dos corruptos não precisariam trabalhar. Viveriam apenas de rendas, oriundas de propinas de toda ordem. Um escândalo, que apavora e entristece o povo, sem serviços adequados e eficientes nas áreas vitais da saúde, educação e segurança, numa crise agravada pelo sufocante desemprego, que coloca grande parte da sociedade em situação de calamidade.

A corrupção é um crime contra a nação e a cidadania, sem sombra de dúvidas. Quando pensávamos que o Mensalão e as punições geradas pelo processo da Ação Penal 470 viessem a mudar as práticas ilícitas, pelo contrário, avançaram rumo ao Petrolão, dilapidando as finanças e a credibilidade da estatal petrolífera, então a maior empresa do Brasil.

Nada mudou, infelizmente. Mesmo diante das prisões dos corruptos da Lava Jato, continuaram a delinquir, como se demonstra no universo das carnes e dos frangos da JBS. E, perguntamos nós: O que mais está por vir em outro segmento do público e do privado?

Certamente, a contaminação corruptiva extrapola o entendimento do mais otimista dos cidadãos brasileiros. O ceticismo em relação as boas práticas éticas no meio político e no meio empresarial vai se formando no inconsciente do povo.

Nesse clima, está aberta a caça a qualquer aventureiro que apareça prometendo o paraíso e depois entregando o calvário ao povo.
A direita se assanha para levar um personagem não-político ao Poder Central ou então fabricar um ditador para solapar a nossa democracia e a liberdade de expressão. Mas as aventuras totalitárias, à esquerda e à direita, devem ser rechaçadas. Além de não serem garantia de resolução dos graves problemas nacionais, os atos e totalitarismo poderão colocar mordaças e impedir o crescimento das gerações futuras.

Por mais que sejam intoleráveis, os fatos envolvendo corrupção têm vindo a tona. Não poder criticar e não conseguir receber informações concretas sobre a condução do país significam uma situação incomparavelmente pior, pois os atos de corrupção continuarão a ocorrer, mas o povo estará impedido de sabê-los, através da volta à censura, de triste memória dos tempos idos.

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