sábado, 11 de março de 2017

Saúde, no Brasil, começa com $

Nem bem ficou confirmado que a Odebrecht "comprou" uma Medida Provisória, enviada pela Presidência, para favorecer exclusivamente a empresa, e pipocam informações e indícios de que a promiscuidade política-empresarial vai além da imaginação. Como sempre para benefício empresarial em detrimento do melhor serviço à população.

Vem aí um projeto, fabricado dentro do governo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, para novos planos de saúde "populares", que estarão estruturados para abiscoitar nos cofres das prestadoras as migalhas da miséria de um povo desempregado. 

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Com a crise de 13 milhões fora do mercado, há uma infinidade de leitos vazios na rede conveniada e queda no número de planos de saúde. E aí entra a ANS para salvar... as empresas. A medida, camuflada como mais um gesto de governo popular, vai minar de vez a proliferação das clínicas populares, que prestam a maior parte dos serviços das prestadoras sem necessidade de mensalidades a custo verdadeiramente popular.

Não importa em que mão o governo anda - esquerda ou direita - , mas certamente vai sempre na contramão do interesse da população.

A nova investida, sob o manto de atender o povo, vai mesmo beneficiar o empresariado como sempre para que as operadoras, através do marketing, explorem à vontade a "revolução" na saúde, que está mais para privada.

De quebra, o governo joga mais uma pá de cal na saúde pública, essa caixa preta que protagoniza grandes crimes aos direitos humanos. Ao favorecer cada vez mais o investimento particular na saúde, o governo vai limpar as mãos sujas de sangue e morte que mostra por todo o país. Jogará a responsabilidade sobre os cidadãos à iniciativa privada, que logicamente vai faorecer a quem puder pagar, ficando os necessitados sem dinheiro dependurados nos escolhos que os governos apelidaram de hospitais públicos.
Luiz Gadelha

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