quarta-feira, 8 de março de 2017

Crescimento da dívida pública fez os governantes se curvarem à criminalidade

Não dá para mensurar a crueldade e o desprezo com que os nossos governantes tratam a população, principalmente aquela parcela mais carente. Josef Mengele morreu, mas deixou os seus discípulos espalhados pela Praça dos Três Poderes, emanando e espalhando miasmas de crueldade de cima do Planalto Central para todos os grotões deste sofrido país. Acho até piada a tortura ser proibida nesta terra, quando podemos vê-la em cada rua, em cada praça das grandes cidades e em cada presídio.

Por exemplo, desde a década de 80 que as quadrilhas agem livremente no trecho da Rodovia BR 428, no Pernambuco, próximo das cidades de Orocó e Cabrobó. Qualquer cidadão, qualquer caminhoneiro, qualquer bêbado da esquina sabe disso, menos as polícias estaduais e os secretários de segurança que se sucederam nos governos daquele Estado.

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 A inoperância policial é tão grande que os atuais “Guia Quatro Rodas”, depois de mais de trinta anos de assaltos acontecidos no mesmíssimo trecho e diante da inexistência de providências tomadas por partes das autoridades – todas postadas em gabinetes caros e mamando salários e gratificações -, resolveu alertar os seus leitores/motoristas, publicando nos mapas o seguinte texto: “ATENÇÃO: trecho entre Petrolina e Salgueiro não deve ser percorrido à noite.”

Para se ter uma ideia da convivência das autoridades com os criminosos, a região tem um polo produtor e exportador de maconha para todo o país. Faz-se a plantação e a colheita da erva sempre nos mesmos municípios. Mas o curioso é que os vários hectares plantados são invisíveis para as investigações das autoridades locais e apenas a Polícia Federal, quando consegue fazer as esporádicas investigações, consegue enxergá-las, localizá-las e destruí-las!

Tempos atrás vi uma entrevista onde um “doutor” afirmava que sempre que aconteciam operações contra o tráfico de drogas, aumentava o número de assaltos naquela região, dando a entender que era melhor deixar o tráfico correr solto, mesmo com a destruição de famílias miseráveis e a morte provocada pelos acertos de contas, do que o Estado tomar qualquer providência; sairia mais barato.
No caso em questão, na impossibilidade do Brasil extirpar esses “países”, tirar-lhes a independência ou mudar-lhes as leis, a própria população passou a afixar placas avisando perigo de assaltos. Essa práticas está se tornando comum, para alertar que nesses locais não existem leis, a tal “Constituição Cidadã” e o “direito e ir e vir” não passam de letra morta, como um ardil criado pelos bandidos para garantir-lhes a impunidade e iludir e oprimir os verdadeiros cidadãos deste país.

Afinal, sai mais barato tolerar o tráfico do que prender os assaltantes, não é? Sai mais barato colocar bandido para cuidar de presídio do que contratar funcionários, certo? Sai mais barato jogar um preso em um curral de alvenaria do que colocá-los em celas individuais, decentemente, ok? Sai mais barato colocar a PM para multar o cidadão do que colocá-la para cumprir os mandados de prisão e gerar despesas carcerárias, correto? E sai mais barato deixar os bandidos na rua, vivendo, comendo e vestindo o patrimônio e a vida dos pagadores de impostos, do que separá-los das pessoas de bem e ter que pagar o café, o almoço e o jantar deles, não é mesmo?

O governo não pode gastar, porque tem de pagar os juros da crescente dívida pública. Por isso, o mais importante é diminuir qualquer despesa e economizar para conseguir fazer mais um superávit primário, mesmo que para isso tenha que matar, por ação e por omissão, milhões de homens, mulheres e crianças.

Os nazistas também julgavam ter um bom e nobre motivo para justificar os assassinatos e as barbaridades que cometiam contra os judeus. No que se refere aos brasileiros, o governo também acha que tem… E nos últimos trinta anos o número de assassinatos aqui certamente já ultrapassou os seis milhões de judeus mortos na Segunda Guerra Mundial.

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