quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Brasil se tornou país sem projeto e, por consequência, sem futuro

Trinta anos atrás, pensei errado que um dia seríamos um povo consciente e que decidiria seu destino. Andamos no sentido contrário da evolução. Escola falida, insegurança total. Serviços públicos? Onde? Os brasileiros sentem tristeza de termos tudo e não sermos nada. Quanto mais se sabe, mais solitário se é. Quanto mais se enxerga, mais tristezas e desesperanças. Reitero: somos um país sem projeto, por consequência, sem futuro…
Quem sabe se por esta razão a maioria, a imensa maioria da sociedade, compreendendo o tamanho da distância da realidade para a ilusão, escolheu ser idiota, nos dois sentidos: imbecis que só veem o próprio umbigo.


Certamente necessitamos de líderes, não para guiar-nos, mas para administrar nossas decisões, coordenar nossos projetos. Se o povo sério não se levantar, de maneira ordeira e inteligente, o buraco crescerá, dia após dia. Reformar as leis partidárias/eleitorais, reduzir as bancadas dos legislativos (nos três níveis), rever os tributos, incentivar segmentos econômicos, tudo isso faz parte da tarefa de reconstrução (ou será construção?) do país.

Se isso não ocorrer, estamos ferrados. É assustadora a relação entre o orçamento do país e suas dividas. Os valores deslocados para pagamento da dívida são, imensamente, maiores do que os investidos em saúde, ensino, segurança e tudo mais.

Mas é necessário que os brasileiros tenham a cabeça no lugar e ajam com honestidade. Uma nação se faz com pessoas de coragem, decisões, projetos.
No fundo, bem lá no fundo, faltam homens/mulheres capazes de assumir a frente do trabalho, colocar suas vidas à disposição da nação e de seu povo, enxergar além do seu tempo ou do que dele resta.

Estamos perdendo a hora, o momento. E não me venham dizer que somos um país novo, com apenas 500 anos. Isto valeria se (e sempre tem um “se”) o resto do mundo e da humanidade vivesse ainda como nos séculos passados.

A roda gira e com muita velocidade. Assim seguindo, em 50 anos estaremos voltando ao século passado. O Brasil é um país que precisa de seus filhos. Ou aparecem ou teremos de mudar nosso hino.

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