terça-feira, 1 de novembro de 2016

O que a esquerda não confessa

Os poucos representantes da esquerda que refletiram até agora sobre os resultados das eleições municipais deste ano disseram ou escreveram basicamente duas coisas:

1. A onda conservadora que atinge muitos lugares do mundo alcançou o Brasil.

2. Aqui, os que não votaram com a direita preferiram não votar. Prova disso: a abstenção e o voto nulo e branco.

Em resumo: não foi culpa da esquerda que o eleitor brasileiro a tenha abandonado, ou que parte dos eleitores tenha preferido não votar.

Ela admite que foi temporariamente abandonada, mas não explica por quê. A explicação teria que passar pelo exame dos muitos erros que ela cometeu.

Que tal citar só um deles, talvez o mais decisivo?

“O poder de compra das famílias brasileiras teve forte retração em 2015 e 2016, explicando o recuo do consumo no mesmo período; segundo estimativas da Tendências Consultoria Integrada, depois de cair 2,8% no ano passado, o poder de compra dos brasileiros vai encolher mais 7% neste ano, descontada a inflação, num cenário marcado pela retração do crédito e queda da massa ampliada de renda. Em dois anos, é uma queda real de quase 10%; para 2017, a expectativa é de expansão de 1,1% em termos reais, puxada por uma evolução melhor de empréstimos e financiamentos”.

No início de 2006, depois de ele ter deixado o governo por causa do escândalo do mensalão, ouvi do ex-ministro José Dirceu:

- Com mensalão ou sem ele, Lula será reeleito. A economia vai bem. Se o voto ético definisse eleição, Orestes Quércia jamais teria sido eleito governador de São Paulo.

Não havia Lava-Jato naquela época.

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