terça-feira, 29 de novembro de 2016

Melhor com Temer ou sem Temer?

Muitas análises podem ser feitas acerca do governo do Presidente Temer.

Uns, pessimistas.

Acham que não há vontade política; o estilo é suave demais; idas e vindas nas decisões tomadas; vacilações; escolhas incorretas de auxiliares etc.

Outros, confiantes.

Reconhecem o equilíbrio do presidente; o desejo de acertar e confiam na opção que ele fez para governar nessa emergência nacional.

E qual foi a opção do Presidente Temer, ao assumir o governo?

Tinha dois caminhos básicos a seguir.

Mostraria “mão de ferro”; definiria rumos; exigiria postura do Congresso Nacional e faria escolhas de auxiliares com base em critérios pessoais de competência.

A outra alternativa seria a que ele optou.
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Entendeu que, assumindo o governo num país democrático, deveria conviver com o Congresso Nacional e a classe política, como único meio de forçar os caminhos possíveis para as reformas necessárias.

No retrovisor, o presidente ainda enxergava o desastre do relacionamento da ex-presidente Dilma com a sua própria base política, dando no que deu.

Ontem, ao conceder entrevista à imprensa, após a saída do seu ministro político, Geddel Vieira Lima, o presidente Michel Temer deixou claro que assumirá a coordenação política do seu governo e deu a entender que é isso que sabe fazer.

Realmente, a sua história de vida tem a marca do diálogo congressual.

Eleito três vezes presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, antes de ser vice de Dilma Rousseff, assumiu a presidência da República interinamente por duas vezes: de 27 a 31 de janeiro de 1998 e em 15 de junho de 1999.

Por essa razão, na história do Brasil é um dos poucos Presidentes que adotou a postura de repartir o poder com a classe política, através dos partidos.

Mesmo com membros do Parlamento atingidos (alguns até no seu governo) pelas acusações notórias que permeiam a realidade do país, sem a colaboração do Congresso nada seria possível, salvo preparar a Nação para ingressar no autoritarismo, que mereceria a repulsa de todos.

Se o presidente não tivesse agido dessa forma, o pós Dilma seria melhor?

Claro que há imperfeições.

Porém, com o estilo agressivo do PT e seus aliados, de nada adiantaria a demonstração de força como meio de persuasão política.

Por outro lado, as deformações de alguns membros do Congresso Nacional não têm a digital do governo.

A causa remota foi a escolha popular equivocada.

Parece que, com a saída do ministro Geddel, o presidente fará realmente o que gosta.

Entender-se com os políticos; avançar e recuar; buscar consensos e dessa forma tentar chegar à aprovação do essencial, que são as reformas clamadas pela Nação.

Se ele conseguirá ou não, só o tempo dirá.

Mas é absolutamente consciente a estratégia de aproximar-se dos políticos e dos partidos, mesmo enfrentando o risco de acusações como “toma lá me dá cá”, ou fisiologismo.

Em toda democracia do mundo, a relação executivo e legislativo passa por concessões recíprocas.

Note-se o “radical” Trump já buscando adversários para ajudá-lo no Congresso e até recuando em certas posições.

Observe-se que o momento político nacional tem sinais de surrealismo.

Partido como o PT e aliados se opõem, esbravejam e usam todos os métodos para dificultar a aprovação de uma medida legal, que proíbe gastar mais do que o governo arrecada.

Por mais incrível quer pareça, todos eles são a favor da gastança sem controle.

É o caso de perguntar: melhor com o estilo Temer, ou sem Temer?

A resposta é de cada internauta.

Ney Lopes

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