segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Da crença ao destino

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É preciso cuidar bem das crenças...

Investir na direção certa. Pequenos desvios trazem graves consequências. Nada fica impune. Nada sai de graça.

Imaginar que práticas e métodos inaceitáveis possam trazer um destino desejável é, no mínimo, intelectualmente desonesto, eticamente inviável, moralmente errado. Crença equivocada, enfim.

Crenças erradas se transformam em pensamentos tortos. Pensamentos tortos são elásticos. Pequenas transgressões intelectuais viram gigantescas desculpas para o indesculpável. Tolerar o inaceitável com a desculpa de que existe um bem maior. Os fins justificariam os meios.

É preciso cuidar bem dos pensamentos...

Pensamentos tortos se transformam em palavras nocivas. Envenenam a comunicação, a convivência, o dialogo. Desaparece a troca, o aprendizado. Sobram ignorância e confrontos verbais inúteis, estéreis, desnecessários. É o nós contra eles. Ou eles contra nós. Tanto faz a ordem. É sempre ruim.

É preciso cuidar bem das palavras...

Palavras nocivas se degeneram em ações igualmente venenosas. Desembocam na perda de tempo, energia. Desgastam. Transformam adversários em inimigos. Discussão em guerra. Vale tudo na luta pela hegemonia absoluta. Até mesmo o inacreditável, o inaceitável.

É preciso cuidar bem das ações...

Ações viram hábitos. E ações venenosas se convertem em hábitos tóxicos. De tanto fazer, não se percebe mais. Quanto mais se faz, mas gente pratica. Quanto mais gente pratica, mais normal é. E o que não pode passa a poder. O absurdo fica normal.

É preciso cuidar bem dos hábitos...

Hábitos sempre acabam virando valores. Hábitos danosos modificam valores duvidosos. Cristalizam e grudam na alma como mancha teimosa que não sai mais. Elimina critica. Mata o pensamento. Adormece a consciência. A repetição do comportamento justifica tudo. Perpetua o errado. Sem contestação. Para sempre.

É preciso cuidar bem dos valores...

Valores estabelecem limites entre o certo e o errado. Determinam o que é aceitável, individual, e coletivamente. Escrevem as linhas do pacto social. Valores podres fabricam futuros trágicos. Como a gente sabe.

Valores sempre se transformam em destino.

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