sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Com brasileiro, não há quem possa...

A marchinha incendiou o país na conquista da Copa de 1958, na Suécia, e não saiu mais do ouvido. É o hino da grande capacidade nacional porque ninguém mesmo barra tantas décadas depois as impressionantes realizações para deixar os outros países de queixo caído.

Nesta semana, em 24 horas, o Brasil levou para a prisão dos ex-governadores de um só estado. Nunca em qualquer lugar foram para o xilindró duas pessoas que ocuparam cargo mais importante estadual. E por motivos diversos - uma mesadinha de R$ 300 mil por mês e crime eleitoral nas últimas eleições!!!

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Se fosse só isso, até alguém poderia alegar que eram casos isolados. Mas como explicar que há um ex-presidente indiciado em três processos, um ex-presidente da Câmara preso, um ex-líder de governo preso, dois ex-ministros da Casa Civil presos, mais de uma centena de parlamentares federais sob investigação, sem contar tesoureiros de partido e donos de grandes empreiteiras presos. Há toda uma geração política envolvida em crimes, que não só resultaram em bilhões desviados dos cofres públicos, mas foi decisiva para o buraco em que se encontra o país.

Nem na ditadura foram para o xilindró sequer ex-presidentes, o que dirá batalhões políticos como agora, apesar do autoritarismo. É hoje o Estado institucional que lota celas com a politicalha.

As condenações só apenas devido ao desvio de verbas, o que tem facilitado os acordos judiciais de redução de pena.

Não se contabilizou o número efetivo de cidadãos mortos pelas nefastas administrações. Certamente que o desvio de dinheiro público, com aval político e governamental, resultou em grande mortandade por incúria governamental. E como com o brasileiro não há quem possa, protagonizou-se em 17 anos um genocídio sem precedentes em tempos de paz. A matança, no entanto, não entra nas contas criminosas da turma do colarinho.

O Brasil certamente poderá requisitar em breve o título de ser uma democracia genocida com os assassinos livres, leves e soltos a circular como cidadãos privilegiados em poder e dinheiro.
Luiz Gadelha

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