sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Se fosse nos EUA,Lula já teria sido algemado e levado para a prisão

O ex-presidente Lula da Silva transformou o governo num balcão de negócios, destinado a arrecadar recursos para perpetuar o PT no poder, e aproveitou também para propiciar o enriquecimento ilícito dos companheiros e da própria família, com seus filhos se transformando em fenômenos profissionais e empresariais. Ao enveredar por esse caminho tenebroso, Lula tinha certeza absoluta da impunidade. Havia se tornado um superstar internacional, o PT nomeara oito dos onze ministros do Supremo, estava tudo dominado. Quem teria a ousadia de incriminá-lo?

Quando a Lava Jato começou a ameaçá-lo, ele quis economizar e não contratou um criminalista de renome. Preferiu ser defendido pelo compadre Roberto Teixeira, que não é referência em advocacia e também passou a ser investigado pelos federais – entre outras coisas, por ter participado ativamente da montagem da ocultação do patrimônio de Lula, com a utilização de “laranjas” para assumir a compra do sítio de Atibaia, supostamente realizada a mando do ex-prefeito Jacó Bittar, que sintomaticamente jamais esteve na aprazível propriedade.

Quando a situação se complicou para ele, a mulher Marisa Letícia e dois de seus filhos, Fábio e Luís Cláudio, a ficha de Lula enfim caiu e em dezembro do ano passado ele recorreu ao criminalista Nilo Batista, que magnanimamente aceitou defendê-lo de graça.

Foi o que se pensou, até que o jornalista Murilo Ramos, da revista Época, denunciou em fevereiro que Batista tinha recebido R$ 8,8 milhões de Petrobras. Na ocasião, o criminalista negou que houvesse conflito de interesses e seguiu em frente. Mas depois se descobriu que ele também advoga para a Sete Brasil no caso contra o ex-presidente da empresa João Carlos Ferraz, que admitiu receber propina na Lava Jato. E no final de abril, Batista acabou deixando a defesa do ex-presidente, por admitir que realmente existia “uma suposição de conflito de interesse” com outros clientes.

Lula então contratou outro renomado criminalista, José Roberto Batochio, ex-deputado federal pelo PDT de São Paulo, e não se sabe quanto está pagando pelos serviços.

A essa altura, a missão de Batochio é praticamente impossível, porque as provas contra Lula realmente são abundantes. Além das contradições nos depoimentos, havia rasura em contrato, foi descoberto que, além do tríplex, um outro apartamento estava reservado pela OAS para Lula, para abrigar os seguranças e motoristas a que tem direito por ser ex-presidente.

Se não houvesse comprovação, seria muita irresponsabilidade da força-tarefa denunciar criminalmente o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, junto com a mulher Marisa Letícia, o assessor Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e mais quatro investigados.

E o pior é que Lula não está incriminado apenas pelo caso do tríplex do Guarujá, mas também pelo conjunto da obra, como o “comandante máximo do esquema de corrupção” instalado na Petrobras e em outros órgãos públicos. E por decisão do Supremo, através do relator Teori Zavascki, essa denúncia será apreciada pelo juiz Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.
Todos já sabem o que vai acontecer. A única dúvida é saber se o juiz Moro, quando aceitar a denúncia, vai mandar prender Lula preventivamente ou somente decretará a prisão ao emitir a sentença.

Se fosse nos Estados Unidos ou em outras nações desenvolvidas, Lula já teria sido algemado diante das câmaras da TV e conduzido para a prisão federal. Mas aqui no Brasil, há muitos recursos à disposição dele, o Supremo ainda nem decidiu se haverá ou não prisão de criminosos após decisão de segunda instância. E ainda dizem que os EUA são o país da liberdade… Ora, na verdade este o país é o Brasil, mas por aqui a liberdade ainda se confunde com impunidade.

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