terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Cobras proféticas de Verissimo

De oswaldo.cruz@edu para dilma@gov



Senhora,

Estive ontem com o doutor Adib Jatene, e ele contou que a participação do banco BTG Pactual na rede de hospitais D'Or estaria sendo vendida por algo como R$ 2 bilhões. Nesse caso, o negócio todo vale uns R$ 20 bilhões. Puxamos pela memória e vimos que o Brasil deve ter uns quatro bilionários (em dólares) que fizeram fortuna no setor de saúde. Estranha estatística. No Brasil, os bilionários são donos de hospitais ou atuam na área da saúde. Nos Estados Unidos, os bilionários dão nome a hospitais que lembram suas atividades filantrópicas. O Langone e o Sloan Kettering Memorial, em Nova York, por exemplo.

Seria de supor que a saúde no Brasil estivesse muito bem, porque, em 1892, quando me formei em medicina, não havia dono de hospital rico. Nem quando o Jatene se diplomou, em 1953. As coisas aí vão de pior a péssimas. Se vos faltasse alguma desgraça, o Brasil tem uma nova epidemia, transmitida pelo meu velho conhecido, o mosquito Aedes aegypti.

Ele empesteava o Rio de Janeiro no início do século 20, transmitindo a febre amarela. Tive mão forte do presidente e fumiguei a cidade. Não se empregavam apaniguados na saúde pública. O conselheiro Rodrigues Alves nomeou um médico sem consultar-me. Levei-lhe minha demissão e ele desfez o ato.

A relação entre o mosquito, o vírus zika e complicações neurológicas foi sugerida em 2013. No sábado passado, o seu Ministério da Saúde anunciou que o zika matara uma criança no Ceará e reconheceu a suspeita de que tenha provocado 1.248 casos de microcefalia em bebês. Disparou-se um mecanismo neurastênico, como se a calamidade estivesse no vírus. Ela não está no zika, mas na saúde pública.

O seu diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis disse o seguinte: "Não engravidem agora". Bem que a senhora poderia avisar às brasileiras quando a gravidez deixará de ser arriscada. Levado ao pé da letra, meu colega extinguirá nossa população.

O zika provoca distúrbios neurológicos em adultos, homens, mulheres e mesmo em bebês. Alguns podem ser leves, outros, graves. Desde o ano passado havia médicos trabalhando com a informação de que o vírus chegara ao Brasil. Ele estava aí e posso lhe dizer que no primeiro semestre um paciente nordestino foi diagnosticado, até mesmo em São Paulo, com diversas suspeitas, menos zika. Era.

Isso é produto do descaso de um sistema de saúde onde os mosquitos parecem fazer parte do mundo dos pobres. O Aedes continua transmitindo dengue. Neste ano, já pegou 1,5 milhão de brasileiros e esse número virou uma simples estatística. É elementar que o zika atingiu também adultos, diagnosticados sabe-se lá com o que.

Haverá quem pense que os clientes de hospitais de bilionários estarão livres do risco. É verdade que existem doenças de pobres, mas o Aedes não trabalha com reserva de mercado. O problema está onde sempre esteve: no mosquito e na ideia de que ele só pica pobre. Ele nos trará mais surpresas.

Termino com um pedido: troque o nome de todas as ruas que levam o meu nome para "Rua do Mosquito". Enquanto ele matar brasileiros, o venerável Instituto Oswaldo Cruz terá o nome da praga: "Instituto Aedes Aegypti". Assim, em vez de exaltar uma glória que não temos, lembraremos de um problema que não resolvemos.

Saúda-a o patrício,

Oswaldo Cruz

Neoliberalismo à moda petista quebrou nossa economia

O atoleiro da atual gigantesca corrupção, nunca antes ocorrida na história do país, não tem nada a ver com regime comunista. Isso é uma falácia monumental. O PT jamais em tempo algum navegou no sistema comunista. Todas as suas políticas foram inseridas nas normas do regime capitalista. Até o Bolsa-Família, que muitos colocam na conta do PT, na realidade surgiu no governo de Fernando Henrique como Bolsa-Escola, no entanto o PT ampliou e sabemos que o intuito verdadeiro se insere na questão do marketing eleitoral.

As elites nacionais só pensam nos seus feudos e nos lucros de suas empresas. Os brasileiros, principalmente os pobres recebem muito pouco da riqueza do país. O exemplo mais cabal está na qualidade das escolas, nos equipamentos a disposição dos alunos e no vil salário dos professores. Os militares da “Revolução de 64” desestabilizaram a escola pública, que era de melhor qualidade. Depois da queda de Jango, criaram a monstruosa Reforma da Educação, então tudo piorou a partir de então.




O PT não mudou uma vírgula nas políticas neoliberais de FHC, notadamente o processo de privatização tocado por Lula e Dilma na infraestrutura. E montou o aparelhamento da máquina pública, em que os cargos de maior capilaridade da máquina estatal são ocupados pela coalizão dos partidos da base aliada, e os principais são ocupados pelo PMDB, como na sistemática adotada pelo governo FHC.

Os fatos horrendos vindos a tona desde o mensalão atingem o âmago do sistema e o PT não é o único culpado, pelo contrário, o partido capitulou para manter o poder. O castigo que o sistema agora impõe ao PT está bem claro na prisão de seus dirigentes, enquanto próceres do PMDB por exemplo não chegam aos cárceres com a velocidade que é atingido o Partido dos Trabalhadores. Basta lembrar o escândalo dos trens em São Paulo, Estado governado pelos tucanos, onde ninguém ainda foi preso, por que será?

Bem, O PT perdeu sua grande oportunidade de ser a referência na política, de fazer a diferença, de ajudar o país no caminho de sua grandeza. A sigla se apequenou nos acordos com seus maiores inimigos para simplesmente manter o poder nas quatro eleições disputadas. Seria melhor para os trabalhadores e para o PT a firmeza de propósitos sob o risco de perder a eleição para o concorrente do que amargar o desprezo e a perplexidade dos seus eleitores com suas vísceras expostas em cada prisão de seus políticos com mandato, tesoureiros e empresários amigos.

A eleição de 2016 vislumbra-se como um retrato na parede, em relação ao distante ano de 2002, momento passado difícil de se repetir no futuro. O líder Lula deve estar sofrendo muito neste momento e foi importante viver para constatar os erros, mas infelizmente parece não haver qualquer conserto. A experiência não servirá pelo menos para ele de nada, pois não há mais tempo para recuperação, e isso é o pior que pode acontecer para o ser humano, que é perceber a inutilidade de recuperar o tempo perdido, mudar e seguir em frente.

Quem perde nessa confusão toda? O povo brasileiro. O povo que não está preocupado se A ou B é comunista ou capitalista, de centro ou de direita. O povo quer é uma esperança de vida melhor, de dignidade, de emprego, de escola boa para seus filhos, de hospitais em condições de atendê-los, de segurança para o ir e vir, em transporte eficiente. Infelizmente, o PT não foi capaz de prover essas condições. Agora, não tenho nenhuma esperança, zero de admissibilidade, em relação ao próximo partido que comandará a nação no ocaso do PT. Todos os candidatos a presidente são conhecidos e não precisa nem dizer que são, pois, além do mais, um país que necessita de líderes messiânicos fica indelevelmente condenado à derrota no cenário de competição entre as nações do globo.

O Brasil em estado de choque

O país está bestializado, estuporado, em choque. Era sabido, temido e esperado que passaríamos por recessão muito ruim, pelo menos desde o início do ano. A crise, porém, se mostra muito pior a cada mês, de modo inesperado até para pessimistas. Apenas medo e desesperança incomuns parecem explicar o tamanho descomunal da regressão da atividade econômica, maior que a média já sombria das estimativas.

Foi o que se soube pelo resultado do PIB até setembro. Pelo andar da carruagem, a recessão de Dilma Rousseff será tão grande quanto a de Fernando Collor, a segunda pior da República. Ainda mais deprimente, os efeitos piores em emprego e salário ainda estão por vir.

O investimento em novas atividades e equipamentos produtivos encolhe faz nove trimestres –sim, dois anos e três meses. Em quatro trimestres, no ano encerrado em setembro, baixou 11,2%, desgraça inédita em extensão e profundidade faz pelo menos 20 anos.

Na aritmética simples, o investimento tem sido o fator maior de afundamento da produção e da renda do país, mais ainda que o consumo, que leva fatia maior do PIB. Tamanho colapso do investimento significa desconfiança abissal no futuro, um apagão da esperança.

Sim, o buraco negro que traga a vontade de investir tem escaninhos variados. De mais imediato, há, por exemplo, a ruína de grandes empresas do país, enroladas na roubança, o que afeta uma cadeia de dependentes. Há o efeito do corte de investimentos do governo, de seus pagamentos atrasados.

Mas note-se outra vez que o colapso da confiança empresarial começou faz mais de dois anos, em um pantanal em que se misturam queda de rentabilidade de empresas, política econômica doidivanas, intervenções dementes do governo no mercado, desânimo do consumidor, bancos progressivamente na retranca e, sim, tumultos na economia e finança internacionais.

Enfim, é difícil dizê-lo com números, mas é razoável argumentar até que o revertério geral que começou em junho de 2013 e a exasperação que se seguiu até meados de 2014 tenham contribuído para envenenar os espíritos. De resto, em alguns casos, o ânimo já começava a ficar amargo também devido à piora na economia (inflação persistente, tumultos no mercado causados pelas inépcias de Dilma Rousseff, anos de ruína da indústria).

Isto posto e mais ou menos sabido, "antigamente as coisas eram piores, mas foram piorando", na frase de Paulo Mendes Campos. Há uma rara depressão simultânea de ânimos, da parte de consumidores e empresas.

Avaliações feitas por meio de matemáticas e estatísticas econômicas indicam que tamanha recessão pode ser explicada apenas quando se dá um peso anormalmente grande ao colapso da confiança (em si mesma em baixa histórica).

Juros, corte de gastos do governo, renda do trabalho, endividamento do consumidor, nada disso parece bastante ruim para explicar a profundidade da crise –mesmo a retração no crédito parece mais fruto de medo e escuridão total das perspectivas do que de "fatores reais".

O apagão do futuro se deve não apenas ao desgoverno absoluto mas ora à absoluta falta de alternativas, no esboroamento da política, que ora parece sem fim.

Lula foi deposto da Regência da República

Em 23 de novembro, uma segunda-feira, Lula soube que o governo não tem dinheiro em caixa sequer para garantir o cafezinho de dezembro. Na terça, 24, soube que o amigo José Carlos Bumlai virou passageiro de camburão. Na quarta, 25, soube que o companheiro Delcídio do Amaral fizera uma coisa tão imbecil que, além de perder o próprio direito de ir e vir, transferiu para uma cela em Bangu 1 o banqueiro André Esteves. Na quinta, 26, soube que o filho caçula pesca na Wikipedia “trabalhos de consultoria” encomendados por lobistas dispostos a pagar R$ 2,4 milhões por entulhos cibernéticos.


Na sexta-feira, 27 de novembro, Lula soube que Delcídio está pronto para contar o muito que sabe aos condutores da Operação Lava Jato. No fim de semana, soube do vexatório desempenho na pesquisa Datafolha. Se a eleição presidencial fosse realizada agora, seria derrotado por qualquer um dos principais adversários possíveis ─ com uma votação semelhante às obtidas nos duelos com Fernando Henrique Cardoso. O chefe supremo da seita companheira também soube que a corrupção (sinônimo do PT, que é sinônimo de Lula) agora lidera o ranking dos mais aflitivos problemas do país.

Há pouco menos de um mês, o ex-presidente nomeou-se Regente da República, ordenou à rainha sem rumo que fosse brincar de Maria II em outras freguesias e reassumiu ostensivamente a chefia do governo. Os 20 dias seguintes foram consumidos em conluios cafajestes, barganhas repulsivas, meia dúzia de discurseiras para plateias amestradas e duas entrevistas que só serviram para confirmar que faltam álibis para tantos crimes. Alguém precisa dar-lhe a má notícia: por decisão do Brasil decente, o regente da nação foi deposto.

Além de Lula e seu rebanho, ainda não entenderam que o país mudou os integrantes da tribo que repete de meia em meia hora a ladainha exasperante: “Está tudo dominado”. Depois do assombroso 25 de novembro, mesmo os derrotistas profissionais e os vesgos por opção deveriam enxergar a guinada histórica. Naquela quarta-feira, os dominadores decadentes fizeram o que desejavam os antigos dominados, que se tornaram majoritários e hoje têm o bastão de mando ao alcance da mão.

Os movimentos no palco foram impostos pela opinião pública, que traduziu a vontade da imensidão de indignados que exigem o imediato encerramento da era da canalhice. Se tudo estivesse dominado, Bernardo Cerveró não perderia tempo gravando conversas bandidas para municiar a Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot não se animaria a pedir ao Supremo a prisão do senador Delcídio do Amaral, o ministro Teori Zavascki não determinaria à Polícia Federal que engaiolasse o líder da bancada governista na Casa do Espanto. Nem teria o apoio unânime da 2 ª Turma do STF para autorizar, pela primeira vez no Brasil democrático, a captura de um senador no exercício do cargo.

Se tudo estivesse dominado, Delcídio e o banqueiro André Esteves não acordariam com a notícia de que a impunidade chegara ao fim, os senadores endossariam o plano de Renan Calheiros para desmoralizar o Supremo e usariam o voto secreto para libertar o colega encarcerado. Rejeitaram por ampla maioria a votação clandestina e aprovaram as deliberações do STF por saberem que eram mantidos sob estreita vigilância, desde o começo da tarde, por multidões de eleitores grudados na TV. Pouco importa se o roteiro original era outro, é irrelevante saber se os atores agiram a contragosto. A plateia descobriu que manda.

A soma de derrotas amargadas pelos vigaristas tornou inevitável a deposição do regente Lula. Foi a maior maior demonstração de força da oposição real. Pena que tantos vitoriosos ainda não saibam disso. 

E faz tempo...


Ainda é cedo para se julgar, mas já é Tempo para alertar
Augusto Frederico Schmidt

O amigo oculto

Aqui, em Regência, na foz do Rio Doce, não consigo entender como não rompem certas barreiras em Brasília. Gastamos muito latim e nada resolvemos. Um ministro do supremo aconselhou Cunha a renunciar. O mesmo fez o ex-presidente Fernando Henrique. Preferia que se encontrassem oposição e Supremo, que um decidisse provocar o outro e tivesse resposta. O Supremo cassaria Cunha e, finalmente, ele seria arrastado para o mar.

Como presidente, Cunha barra a investigação. Além disso tem muitos adeptos na Câmara e um sólido núcleo de bandidos que acreditam ter sequestrado a instituição. Por muito menos, gente sem mandato foi presa e está em Curitiba. Bumlai, por exemplo, finalmente dançou. Ele conseguiu quase meio bilhão de empréstimos no BNDES. É amigo de Lula. Um dos empréstimos de R$ 12 milhões ele teria saldado com sêmen de boi. Porran, Bumlai. Não costumo escrever essa palavra. Mas depois de ouvi-la de uma travesti num vídeo de sucesso na rede, decidi adotá-la. Ao incluir o ene, creio, ela deu uma força exclamativa à palavra.

Sérgio Moro e alguns procuradores afirmam que não há nada contra Lula. Bumlai pode ter usado seu nome. Por que então a operação se chama Passe Livre e não Amigo Oculto? Ele conseguiria R$ 12 milhões para o PT sem que Lula soubesse? Felizmente, a hesitação que existe em torno de Eduardo Cunha caiu no caso Delcídio Amaral. Pasadena está atravessada na garganta de todos os brasileiros conscientes. Deu um prejuízo de US$ 700 milhões ao país.

Com a prisão de Delcídio, o braço político de Pasadena sofre o primeiro golpe. E mostrou o que se afirma em alguns artigos: a quadrilha não quer controlar apenas o governo, mas o Congresso e o Supremo. Mas as prisões do meio de semana levaram também o banqueiro André Esteves. Um importante banqueiro, que, ao lado de Marcelo Odebrecht, coloca uma importante questão sobre o capitalismo brasileiro. Esteves e Odebrecht são dois homens de sucesso, símbolos dos empresários que tocam o Brasil. Mas os fatos estão mostrando que a associação criminosa com o governo é um método comum a ambos. Naturalmente, não expressam a posição de todos os empresários. Assim como a maioria dos bandidos não sintetiza as aspirações políticas do país.

Bumlai, Esteves, Delcídio na cadeia ajudam a compreender a decadência da vida pública no Brasil, incluindo os empresários que se associam ao crime, sem hesitação, para impulsionar suas carreiras.

Chegamos a um momento decisivo. O caso Pasadena é muito emblemático. Não só porque é uma operação debochada que tratou os brasileiros como idiotas e quase conseguiu escapar sem nenhum julgamento. Pasadena é importante também porque é um daqueles momentos em que o elenco está reunido. Não preciso fazer ilações. Creio que a própria delação premiada de Nestor Cerveró vai demonstrar isto. Dilma está calada porque Pasadena explode no seu pé. Lula está calado porque a prisão de Bumlai explodiu no seu. A de Esteves cai, como a de Odebrecht, nos pés de um governo que sempre preferiu empresários ambiciosos e capazes de tudo para crescer.

É razoável aqui em Regência perguntar quando todos eles chegarão ao mar. Não desejo essa carga tóxica para o oceano. Pelo contrário, queria que não existisse. Encalhada no cotidiano, atraindo mais ratos, empesteando a vida do país, é muito mais perigosa para a saúde da democracia.

Cunha vai pedir todos os carimbos, atestados e reconhecimento de firmas necessários para sua cassação. Lula certamente dirá que Bumlai agia sem que ele soubesse, apesar do passe livre. Os atores continuarão representando seu papel. Mas o ritmo da peça mudou. Talvez Pasadena, pela sua extraordinária nitidez, pela possibilidade de internacionalização, pelo desespero dos seus agentes, possa ser o fator que nos arranque do marasmo, e finalmente, produza alguma coisa de novo em 2016. Sem grandes ilusões. O plano de liberar Cerveró caiu porque apareceu uma gravação. Ele tinha componentes importantes para o êxito da fuga, sobretudo a grana de um banqueiro e o poder de um líder do governo.

A Operação Lava-Jato é um grande momento do processo democrático no Brasil. As tentativas de neutralizá-la não mobilizam apenas bandidos de quinta categoria. Será necessária uma conspiração digna da importância. A tentativa de livrar os compradores de Pasadena está cheia de ferrugem, como as instalações da refinaria. Outras audaciosas virão e, dificilmente, polícia e justiça aguentarão sozinhas. É um tipo de batalha que vai depender da atenção de cada um. Pasadena não passará, mas não se trata apenas disso. É a viabilidade de um país decente que está em jogo.

Lula continuará dizendo que nada sabe. Cunha continuará exigindo todos os papéis, carimbos e reconhecimento de firma para que seja processado. Chega um dia em que os federais batem à porta. O problema é demorar muito, e os quadrilheiros assaltam o país e acabam nos tentando a ir buscar a justiça pelas próprias mãos. Felizmente resistimos a essa tentação. Tomara que tenha valido a pena.