quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Quem paga a conta da saúde?

Esta discussão é antiga. Pacientes, profissionais de saúde, hospitais, planos de saúde, indústria e governos estão insatisfeitos.

De todo dinheiro gasto para a assistência na saúde no Brasil, com 204 milhões de habitantes, apenas 30% vêm do governo. O setor privado gasta duas vezes mais para atender seus quase 54 milhões de beneficiários, que também podem ser atendidos pelo SUS.





Diante do abandono dos serviços públicos, proliferam seguros e planos privados. O modelo de negócio era simples: muitos pagando para alguns usarem. Com a economia estável e uma população jovem, daria tudo certo, e para fiscalizar esse sistema de saúde complementar criou-se a Agência Nacional de Saúde (ANS), com o pequeno detalhe de que dirigentes oriundos de planos de saúde participam de sua direção. Seria leviano qualquer insinuação quanto à probidade desses experientes profissionais, porém é lamentável a necessidade da constante atuação dos órgãos de defesa do consumidor e do judiciário contra a agência.

O sistema complementar tem uma taxa de sinistralidade acima de 80% (apenas 20% dos usuários não utilizam o serviço no ano); a margem média de lucro é de 2%, pois 98% do arrecadado é gasto com despesas administrativas, propaganda, hospitais e profissionais de saúde. Perceberam a hierarquia das despesas? Honorários profissionais desnutririam o lobo de Wall Street.

Com tudo isso, é um dos melhores negócios no Brasil e cobiçado por investidores estrangeiros. A cada ano novas empresas entram no mercado, porém outras quebram. Em setembro de 2014, eram mais de 1.400 operadoras, sendo apenas 25 com mais de 500 mil beneficiários.

A expectativa de vida da população brasileira está aumentando, e é possível, se bem cuidados, que nos tornemos septuagenários. Em 2014, a população com mais de 60 anos era de 21%, porém apenas dois por cento possuíam cobertura da saúde complementar, para enfrentar principalmente o câncer, doenças cardiovasculares e neurológicas. Na outra ponta, entre os 20 e 40 anos de idade, 46% da população, estavam os 52% dos beneficiários de planos de saúde, que, quando doentes, enfrentam riscos clínicos e custos financeiros menos incertos.

Com o aumento do desemprego, mais pacientes perdem seus planos de saúde, aumentando as filas no SUS. Essas filas estão escondidas dentro do sistema informatizado de marcação de consultas, saindo dessa forma das portas dos hospitais. Não podem ser fotografadas ou filmadas, e novamente o governo distorce as estatísticas.

Por mais críticas que se possa fazer ao sistema complementar, não é ele o responsável pela desordem do sistema público, apesar de ter sido beneficiado por ela. Agora, diante desta crise gravíssima, é fundamental refletir, pensar no futuro, unindo empresários, sindicatos, judiciário e organizações de classes, todavia cabe ao ministro da saúde mostrar para que veio.

Respondendo à pergunta: A conta não pode ser paga somente pelos pacientes e pelos profissionais de saúde.

A ladainha de sempre

Lula é o maior líder popular do país e resiste, hoje, à mais sórdida campanha que as elites e sua imprensa já desencadearam contra um brasileiro. A virulência dessa campanha, que visa desarticular, atingindo seu líder, o campo popular e democrático, atesta a vitalidade política de Lula
Rui Falcão, presidente do PT

Mil faces de Lula

Acuado, ex-presidente se faz de vítima e joga em Dilma a pecha de 'desleal' O ex-presidente Luiz Inácio da Silva é um bom ator. Bem melhor que político, conforme demonstrado pelo erro de avaliação na escolha de Dilma Rousseff para o papel de criatura que seria capaz de suceder-lhe e garantir, mediante o espetáculo da competência, permanência longa para o PT no poder.


No ofício da atuação é um personagem de mil caras. Uma para cada ocasião. Pode ser o fortão que a todos enfrenta porque com ele ninguém pode, como pode ser o fraquinho a quem a elite tenta permanentemente derrubar por sua origem e identificação com os oprimidos.

Entre os papéis que costuma desempenhar, o preferido para os momentos de dificuldade é o de vítima. Não por acaso nem de modo surpreendente faz agora essa performance, nesta hora em que as circunstâncias nunca lhe foram tão desfavoráveis: alvo de investigação do Ministério Público por tráfico de influência, pai do dono de empresas revistadas pela Polícia Federal, amigo de um empresário apontado por um "delator premiado" como receptor de propina destinada a cobrir despesas de uma de suas quatro noras.

Afora isso, as más notícias alcançam também o patrimônio político eleitoral de Lula, até pouco tempo atrás sua principal e mais forte cidadela. A última pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) aponta e atesta a decadência. Confirma números anteriores segundo os quais Lula já não é um ativo eleitoral.

Hoje, numa eleição, perderia de lavada para o tucano Aécio Neves (32% a 21%) e em eventual disputa de segundo turno seria derrotado também por Geraldo Alckmin e José Serra, políticos do PSDB que em outros tempos derrotou. Para quem já foi considerado pelo adversário (Serra) em plena campanha como uma pessoa "acima do bem e do mal" a situação é periclitante, convenhamos.

Lula não tem capital para si nem para emprestar ao PT ou à presidente Dilma Rousseff. Nesta condição quase que extrema (ou próxima disso), o ex-presidente faz o que sabe: tenta jogar a culpa no alheio. E a eleita, desta vez, é a presidente Dilma Rousseff em quem seu criador tenta imprimir a pecha de "desleal" ao deixar que prosperem versões de que atribui a ela a responsabilidade sobre o avanço das investigações em direção a ele, família e amigos.

Oficialmente o Instituto Lula desmente. Muito cômodo. Extraoficialmente todos os jornais publicam a conveniente versão disseminada por "amigos" e "interlocutores" de que o ex-presidente se sente "traído" pela sucessora que, segundo ele, não foi capaz de interromper investigações que o atingissem e à sua família.

Transferir a culpa para Dilma é uma tentativa. De difícil execução, dada a dificuldade de se obter resultado, diante da posição extremamente difícil em que se encontra a presidente. Mas o problema maior para Lula é a credibilidade. Ele já não tem aquela da qual desfrutou. E esta, no presente, não conseguiu conquistar quem no futuro poderia ter junto de si.

Em suma, Lula procura se desvincular de Dilma, acusando a presidente de ser desleal pelo fato de não atuar para impedir investigações. Isso quer dizer que, por experiência própria, ele considera não apenas possível como factível a indevida interferência nos processos legais.

Com isso, confirma que em seu governo interferiu indevidamente. E, por linhas tortas, confessa que prevaricou. Indignado está pelo fato de outrem não prevaricar em seu nome para salvá-lo de evidências que o aproximam do confronto com a verdade.

É bom lembrar


No Brasil, o Estado, concebido para perpetuar a injustiça, a ignorância, a impunidade, se encarrega de ele mesmo criar os monstros e alimentá-los.
(...) Cabe lembrar, por último, que todos os políticos – sejam vereadores, prefeitos, governadores, deputados estaduais ou federais, senadores ou presidentes da República – são eleitos com nosso voto e representam, aceitemos ou não, o caráter do brasileiro.
Luiz Ruffato, "Eduardo Cunha: o criador de monstros" 

O inferno astral de Lula

É, Lula não é mais o mesmo. O presidente que garanteava ter tirado milhões de pessoas da miséria, transformado o Brasil num país maravilhoso, em que a saúde pública é excelente (lembram-se disso?); que libertou o país das garras do FMI, que deu ao país a auto-suficiência em petróleo; que prometeu que o pré-sal faria a felicidade geral de todos os brasileiros…

O presidente que merecia o Nobel, a secretaria-geral da ONU – e por que não também o papado? Um lugar à direita de Deus Pai?

Pois é. Hoje é um homem sob seriíssimas suspeitas de enriquecimento ilícito, assim como dois de seus filhos. Até a nora é suspeita de ter levado uns milhõezinhos.

A Petrobrás definhou em 13 anos de governo petista, virou o epicentro do maior caso de corrupção da história do Brasil. Nisso, sim, ele estava certo quando perdigotava ad nauseam a expressão “nunca antes na história deste país”.

De fato: nunca antes na história deste país houve tanta corrupção, tanta ladroagem, tanta lassidão moral como nos governos dele e do poste que ele inventou.

O poste, este conseguiu a proeza de enfiar o país no buraco sem saída de uma recessão profunda, com dívida pública altíssima, inflação beirando os dois dígitos e desemprego crescente. Dias atrás chegou-se ao número absurdo de 1.240.000 de postos de empregos fechados no período de um ano. Um milhão e duzentos e quarenta mil empregos perdidos!

Na véspera de o ex-Deus de Garanhuns completar 70 anos, a Polícia Federal, em uma operação anticorrupção, fez buscas no escritório de um dos Lulinhas.

E, na mesma semana dos 70 anos do presidente mais importante que este país ou qualquer outro pais já teve, eram divulgadas pesquisas de opinião pública mostrando que 55% dos brasileiros ouvidos pelo Ibope dizem que não votariam de jeito nenhum em Lula para presidente da República; a rejeição a todos os políticos mais conhecidos nacionalmente é grande, mas a rejeição a Lula é a maior de todas; e Lula não ganharia a eleição para presidente da República hoje; segundo levantamento MDA/CNT, ele não fica na frente nem na intenção de voto espontânea, nem em qualquer um dos cenários na pesquisa estimulada.

Mas o pior de tudo – é o que eu fico imaginando aqui do meu cantinho –, o horrorosamente pior de tudo, na cabeça de Lula, é que esse inferno astral dele ocorre justamente num momento em que Fernando Henrique Cardoso brilha.

Lula já demonstrou centenas de vezes, talvez milhares, que tem um problema seriíssimo com FHC. É um antagonismo visceral, figadal, profundíssimo, doentio.

Tudo o que FHC faz, Lula faz questão de menosprezar, desdenhar, e garantir que ele faz muito melhor.

É de fato um ciúme descontrolado, uma inveja patológica, coisa para ser encarada em cinco sessões de análise por semana durante uns 15 anos seguidos.

É uma coisa tão gigantesca que passou, como se por osmose, para o lulo-petismo como um todo. O PT não consegue fazer absolutamente nada sem comparar o que foi feito com algo do PSDB.

E então os deuses – esses safados, Lula deve estar pensando – resolveram que, além do inferno astral todo, ainda por cima é preciso ver FHC dando entrevista nos principais jornais, sendo capa da Veja, matéria farta lá dentro – e ainda por cima bonitão, bem vestido, elegante, sorriso aberto na cara! -, e entrevista no Roda Viva, e dá-lhe repercute da entrevista no Roda Viva em tudo que é jornal.

Afe! Que horror, que horror, que horror. Valham ao Lula o Fidel, o Chávez, o Che, a companheirada toda!

E la nave vá

Tudo é motivo para passear quando se fala em PT.

Depois de Lula, o executivo com mais quilômetros de voo é o presidente do diretório fluminense, Washington Quaquá, que acumula também a prefeitura de Maricá. Sempre que pode ainda carrega algumas "malas" de contrabando, uma vez que sempre cabe mais um com a farra do dinheiro público. 

O mais novo passeio é com a mulher e deputada estadual, Zeidan, e uma comitiva que inclui o secretário adjunto (?) de Assistência Social e mulher.

Mais inacreditável é que o bonde maricaense foi a convite do arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, para participar do Sínodo sobre a Família 2015 em Roma.

Num Estado que se diz laico, repete-se o trio do Poder. Assim Igreja e PT tem tudo a ver.

'É sal, é sol, é sul' e outra notas

O mais importante líder sindical que o Brasil já teve chegou a presidente da República, elegeu a sucessora, virou personagem internacional, viajou o mundo inteiro. Mas, ao completar 70 anos, ontem, tudo o que não queria de presente era mais uma viagem. E há chances ─ não muitas, diga-se ─ de que seja a Curitiba.

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Data redonda e triste: até o frango com polenta marcado para seu restaurante preferido dos tempos antigos foi cancelado, diante dos problemas que o afligem. Só sobrou festa chique, com a presidente. A busca e apreensão nos escritórios do filho Luís Cláudio, na véspera do aniversário, foi um golpe tremendo. Amigos atingidos, tudo bem, deixa pra lá: Lula esqueceu companheiros próximos, a quem chamava de Guerreiros do Povo Brasileiro, e chegou a insinuar que o empresário José Carlos Bumlai, que tinha entrada livre no Palácio durante seu governo, não era tão amigo assim. Mas filho é filho ─ e é o segundo a virar alvo de suspeitas.

É duro sentir que, exceto os alucinados do lulismo a todo custo (e, muitas vezes, a que custo!), até parceiros antigos, dos tempos anteriores ao Romanée-Conti e aos jatos executivos, hesitam em jurar por ele.

O jornalista Ricardo Kotscho, lulista da velhíssima guarda, amigo fiel e excelente assessor de imprensa de seu governo, escreveu frases reveladoras (http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/): “Estou muito triste com tudo isso que está acontecendo, mas na vida a gente colhe o que plantou, de bom ou de ruim, de acordo com as escolhas que fazemos. De nada adianta colocar a culpa nos outros”.

Veja mais a coluna de Carlos Brickmann 


Pedaladas eleitoraios

Saí de casa no dia 10 de abril de 1984, ao lado daquela que seria a mãe do meu primeiro filho, com destino à Candelária. Um mar de gente ocupava as avenidas Presidente Vargas e Rio Branco. Éramos um milhão de pessoas em catarse cívica, participando do histórico comício das “Diretas Já!”. Naquela época, o campo das esquerdas era disputado entre petistas e brizolistas. Sim, havia uma diferenciação entre siglas e lideranças políticas. Embora o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva representasse a expressão máxima do Partido dos Trabalhadores, ainda assim a legenda era muito maior do que ele. O mesmo não acontecia com o PDT de Leonel Brizola.

Lembro-me muito bem da fisionomia de alguns militares, vestidos em trajes civis, infiltrados e dispostos a criar confusão. Mas a ordem do comando geral do movimento, para que não houvesse reação às provocações, foi cumprida à risca. E o que se viu foi um banho de cidadania e civismo. Oradores se revezando, lágrimas rolando, uma energia e vibração no ar de tamanha intensidade, que os generais não tinham mais como evitar a retomada do poder pelo povo e para o povo.
Sou tomado por essas lembranças para entender em que momento nós, o povo, perdemos o papel de protagonistas de nossa história. Lutamos tanto pela restauração da democracia, e tudo o que nos restou foi um cheque em branco, que a Justiça Eleitoral convencionou chamar de voto? Aí está a mãe de todas as distorções, que se sucederam, governo após governo, até culminar na desmoralização político-institucional que se vê hoje.

O voto, que deveria estar condicionado ao cumprimento dos compromissos assumidos em troca dessa “moeda”, virou cartão de crédito no bolso do eleito. É nesse ponto que a democracia perde o sentido de bem universal e se transforma em instrumento de poder nas mãos de grupos de assalto.

De Collor a Dilma, o eleitor votou naqueles que apresentaram (?) as melhores propostas. Então, está claro, a escolha foi pelo plano de governo que eles divulgaram em campanha. Por essa perspectiva — a correta, por sinal —, nem precisaria ser necessário flagrar governos chafurdando na lama para legitimar o impeachment. Se a presidente Dilma perder o mandato, que seja por suas pedaladas eleitorais. Do contrário, é trocar seis por meia dúzia.

A sociedade brasileira exige uma democracia de verdade, aquela que saiu do peito do jurista Sobral Pinto, no alto do palanque das Diretas Já: “Todo o poder emana do povo...”. Se governo ou oposição não entenderem esse sentimento, vão continuar brigando pelo poder, sem o respaldo das ruas.
Celso Raeder

Sindicatos se unem para reduzir comissionados

Diversas entidades de servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro, estão iniciando uma campanha para a redução dos cargos em comissão, por onde entram janeleiros e apadrinhados, sem concurso, que consomem bilhões de reais do erário. Neste Dia do Servidor Público, as entidades coletarão assinaturas em alguns pontos da cidade do Rio de Janeiro. A partir da próxima semana, a campanha percorrerá todas as cidades. Sob o tema “Vamos economizar dinheiro público onde ele tem que ser economizado. Redução dos cargos em comissão – A sociedade exige! Assine! A sua assinatura pode virar lei!”.

Participarão desta campanha as seguintes entidades: Sind-Justiça – Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário, Assemperj – Associação dos Servidores do Ministério Público, Asproerj -Associação dos Servidores da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, Asdperj – Associação dos Servidores da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Sindalerj – Sindicato dos Funcionários da Alerj, Fenasempe – Federação Nacional dos Servidores dos Ministérios Públicos Estaduais e Ascierj – Associação dos Servidores do Controle Interno do Estado do Rio de Janeiro.

Saiba que, os maiores vencimentos pagos no serviço público do Estado do Rio de Janeiro são destinados aos cargos em comissão, enquanto os servidores concursados como professores, policiais militares, profissionais da saúde, bombeiros, entre outros, sofrem com uma desvalorização profissional e financeira histórica.

Estes cargos comissionados são usados como objeto de troca de favores ou nepotismo cruzado, em que uma autoridade emprega o parente da outra, para driblar a Constituição Federal, que veda esta prática. Diante disso, as entidades de servidores mencionadas propõem um projeto de lei de iniciativa popular, com o objetivo de restringir e disciplinar o provimento de cargos comissionados no Estado. Para isso, segundo os representantes destas entidades, “ precisamos coletar o maior número de assinaturas e enviar este anteprojeto à Assembleia Legislativa para alterara a Constituição Estadual, visto que esta proposta atende aos princípios administrativos da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência previstos no artigo 37, caput, da Constituição Federal”.

O teor do projeto de lei é o seguinte:
“II – A investidura em cargo ou emprego público da administração, direta, indireta ou fundacional depende de aprovação prévia em concurso de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações, até o limite de 5% de cargos efetivos, para cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração, observando-se a reserva de 90% dos cargos em comissão para servidores concursados, sendo vedada a nomeação para cargo em comissão de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, de agente político ativo e inativo de qualquer dos poderes, bom como de servidor da mesma jurídica investido em cargo ou função de direção, chefia e assessoramento”.