quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Impostometro Quatrilhao emenda Dilma criando impostos

América Latina: corrupção nunca mais

“Nunca mais” é uma das expressões que melhor representam a superação de um contexto histórico trágico. Seu emprego remonta aos sobreviventes do Gueto de Varsóvia, em seu chamado para que o povo judeu nunca mais fosse açoitado pelo flagelo do genocídio. Na América Latina, a conversão de tais palavras em um slogan de caráter ético foi expressa na capa do relatório da Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas, na Argentina, por sugestão do rabino Marshall Meyer, membro dessa instância. A notoriedade dessas palavras no país foi reforçada ao fazerem parte do despacho do procurador Julio César Strassera no processo criminal contra os membros da Junta Militar:

Agora que o povo argentino recuperou o governo e o controle de suas instituições, eu assumo a responsabilidade de declarar em seu nome que o sadismo não é uma ideologia política nem uma estratégia bélica, mas uma perversão moral (...). Senhores juízes: quero renunciar expressamente a toda a pretensão de originalidade para encerrar esta deliberação. Quero utilizar uma frase que não me pertence, porque pertence a todo o povo argentino. Senhores juízes: nunca mais!

No Brasil, em razão da inexistência de uma comissão da verdade até maio de 2012, a principal referência sobre a tortura e execuções extrajudiciais durante a ditadura militar foi, por várias décadas, o livro Brasil: Nunca Mais. Escrito pelo bispo Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sobel e o pastor Jaime Wright, tal documento inspirou a criação de várias organizações dedicadas ao monitoramento da tortura no país, e muitas delas levam a expressão Nunca Mais no nome.


Histórias semelhantes se repetem nos demais países do Cone Sul, nos quais a sociedade reivindicou o direito a nunca mais ser vítima do terrorismo de Estado. “Nunca Mais” simboliza, portanto, a consciência de que a transformação das instâncias estatais em aparatos de tortura, execução e desaparecimentos não pode voltar a ocorrer.

Embora a violência institucional não tenha sido absolutamente extirpada ao longo dos processos de transição democrática na América Latina, os golpes de Estado e outras formas abruptas de ruptura da legalidade já não têm lugar na região, sendo a deposição de Manuel Zelaya em Honduras em 2009 a exceção que confirma a regra.

Mas, apesar do sepultamento das ditaduras, a América Latina não está isenta de novos surtos autocráticos. Diferentes governos puseram em marcha mecanismos de repressão de baixa intensidade (criminalização do protesto social, detenções irregulares de membros da oposição, fechamento arbitrário de meios de comunicação etc) visualmente mais sutis e moralmente menos chocantes que as formas tradicionais de repressão empregadas na era das ditaduras militares.

Entre as causas discretas de desvirtuamento da democracia há uma particularmente daninha por sua capacidade de aderir às mais variadas nuances ideológicas. Do México até o Chile, passando por Honduras, Guatemala, Venezuela e Brasil, os escândalos de corrupção se agudizaram a tal ponto que a indignação social se manifesta ora na apatia generalizada em relação aos processos eleitorais ora em protestos multitudinários.

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Ainda não está claro se tal combinação se limitará a uma catarse coletiva ou se promoverá mudanças nas condições estruturais da corrupção. No âmbito doméstico, a incerteza se alimenta do fato de que os principais partidos políticos se encontram envolvidos em escândalos de corrupção. No âmbito supranacional, a incerteza sobre se a corrupção pode ser eliminada dos processos políticos se fortalece com a camaradagem intergovernamental.

Um exemplo dessa camaradagem teve lugar na Assembleia Geral da OEA de junho de 2015, na qual foi aprovada a Resolução AG/doc.5504/15, proposta pela Argentina, cujo item número 5 diz: “apoiar o Governo da Guatemala na consolidação da democracia e em sua luta frontal contra a impunidade”. Trata-se de uma clara contraofensiva dos governos da região à possibilidade de que cidadãos façam cair gabinetes, partidos políticos e presidentes (as) de moralidade corrompida, como é o caso de Otto Pérez Molina. Não é a primeira nem provavelmente será a última que foros intergovernamentais da região se prestam ao corporativismo diplomático, em prejuízo de uma população indignada diante da transformação de órgãos estatais em aparatos delituosos.

A intensificação dos protestos na Guatemala e o impacto quase insignificante da resolução da OEA na corda bamba em que Pérez Molina caminha são sintomáticos do que parece significar uma nova era na democracia latino-americana: as urnas conferem o poder, mas as praças e avenidas são capazes de tirá-lo. A julgar pela persistência dos protestos na Guatemala e outros países da região, tudo indica que a corrupção chocou a consciência latino-americana a ponto de merecer o rótulo de nunca mais!

Daniel Cerqueira

Onde está a honestidade?

A estupidez, ao contrário da arte de contar mentiras, é a única imperdoável falta de honestidade
Alberto Manguel

O sacrifício inevitável

A falta de qualquer resquício de constrangimento por parte do governo ao entregar uma proposta de orçamento deficitária para 2016 é inaceitável, porque demonstra a petulância de quem acha esse tipo de coisa normal, A situação pode ser explicada através de uma analogia com uma família, onde o governo encena o papel de chefe ou, ao menos, de provedor principal. Após passar o ano estourando os cartões de crédito, levando o cheque especial ao osso, acolhendo no quarto dos fundos o cunhado desempregado com sua família, pagando escola particular para os diversos filhos, fazendo as contas, mamãe Dilma descobriu junto com papai Nelson Barbosa que os salários que receberão no ano que vem não será suficiente para continuar vivendo em casa de classe média em bairro nobre, mas decidem permanecer no mesmo endereço, levando todo mundo para almoçar no shopping aos domingos depois do clube, e planejam continuar com os planos de férias em Miami, porque ninguém é de ferro. 

Isso sem levar em consideração que pode ser levantada uma bandeira roxa, ainda mais inclemente que a vermelha, para a conta de energia, porque pode não chover o suficiente para tirar as hidrelétricas do volume morto, elevando junto a conta da TV a cabo. A escola vai ficar mais cara, os livros escolares não poderão ser reaproveitados, o plano de saúde pode subir se a ANS alterar mais algumas regras em favor das operadoras, o índice de reajuste do aluguel vai acompanhar a nova fase hiperbólica da inflação, as frutas importadas e o bacalhau português para a ceia de Natal estarão ainda mais caros por causa da alta desenfreada e, aparentemente, inesperada do dólar. O carro, que ainda tem algumas prestações vencidas, já está andando só com o cheito de gasolina As roupas, que não crescem com as crianças, precisarão de substituição. É para isso que serve o cartão de crédito. E ainda tem os impostos...

Mas a governanta não muda o rumo da gestão, sua família não pode sofrer nenhum efeito da falta absoluta de controle, e o cartão de crédito junto com o cheque especial e os empréstimos, que sugam juros equivalentes a mais que essa família paga à empregada, não podem deixar de continuar oferecendo crédito fácil e soluções mirabolantes para reescalonamento de dívidas, senão só restará como solução fugir para algum paraíso inalcançável pelos credores..

A longevidade desse modelo de condução do Estado é bastante intrigante, considerando que demorou pouco mais que 3 mandatos para que finalmente a fatura da farra ficasse impossível de esconder. Enfim, foi apresentado ao país, através do projeto conduzido ao Congresso, um fato consumado, inteiramente inevitável, considerando tudo o que acontece sob as barbas dos integrantes do comando. Um orçamento deficitário, sem nenhum plano conhecido de correção do problema, constitui a definição de incompetência irresponsável por parte do governo. A partir do ano que vem, alguns grupos serão sacrificados de qualquer maneira, ou o governo começará a emitir cheques sem fundos para manter os beneficiários das diversas bolsas que sustentam um contingente maior que a população de alguns países bolivarianos.

Nem tudo está perdido

Nem tudo está perdido para o PT. Faz tempo, doze anos e sete meses, para sermos precisos, que o partido mudou. Mesmo gradativa, a mudança tornou-se clara e infeliz. Foi para pior. Os companheiros vestiram os andrajos dos demais partidos, igualando-se aos que faziam da política mero trampolim para a satisfação de seus interesses pessoais. Inebriaram-se pelo poder e suas benesses. Fora, é claro, os que já se haviam desligado, como os intelectuais, a Igreja, parte da lideranças sindicais e grupos de políticos desiludidos com o abandono do programa sob o qual o PT foi fundado.

Mesmo assim, sentem-se ventos de recuperação, por enquanto frágeis, mas capazes de promover a volta às origens.


Vale referir um entre mil abnegados petistas que continuam acreditando na mensagem inicial, pois a História, ao contrário do que sustentam alguns doutos, é escrita por indivíduos. Não existiria sem eles.

A referência vai para um companheiro histórico, daqueles que se mantém esperançosos da reviravolta e não abandonam a sigla. Falamos do três vezes deputado, Emiliano José, baiano por adoção, doutor em Comunicação Social, 25 anos lecionando jornalismo, torturado nos tempos de chumbo, preso por quatro anos até a anistia, hoje secretário do ministério das Comunicações encarregado do setor da televisão digital.

Para Emiliano, é preciso ordenar o caminho de volta, ainda que não negue elogios ao trabalho do Lula e mesmo da Dilma, na óbvia transformação social do país. Para ele, torna-se necessária a renovação. O apelo à juventude, para começar. O enfrentamento das forças reacionárias que tiram proveito dos erros praticados pelo partido, empenhadas na cantilena de sempre, de conter anseios sociais e de promover a permanência das elites no processo político nacional. Está em marcha a elaboração de um projeto que signifique novos avanços para a maioria da sociedade.

Vale à pena conhecer esse misto de D. Quixote e Getúlio Vargas, através de seus artigos e livros que a parte podre do próprio PT procura esconder. O sucesso parece difícil para tamanha empreitada, mas outros, como ele, começam a despontar. Nem tudo está perdido, mesmo com o partido despencando nas profundezas.

Pode ter parecido uma humilhação o apelo da presidente Dilma aos presidentes da Câmara e do Senado, esta semana, para que venham em socorro do governo no duelo contra a recessão. Por mais que se aponte os erros de Madame, tratou-se de um ato de coragem. Não que Eduardo Cunha ou Renan Calheiros disponham de condições para minimizar a confusão, mas, ao menos, poderão recolher as armas e evitar que o entrevero se transforme em derrota. Hoje, sente-se estar um pouquinho mais longe a sombra do impeachment. Votar medidas de arrocho econômico é impossível, para o Congresso, mas será sempre possível deixar de votar iniciativas capazes de tornar a crise ainda pior.

Crônica do desastre

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O silêncio ensurdecedor do governo sobre o terrível resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano — queda de 1,9% ante os três meses anteriores — dá a dimensão dos erros cometidos pela presidente Dilma Rousseff na economia.

A perversa combinação de inflação alta, juros elevados, contas públicas em frangalhos, crédito escasso, corrosão da renda, desconfiança, desemprego e crise política não apenas destruiu o presente como comprometeu o futuro do país.

Para sair do atoleiro em que se encontra, o Brasil precisará de pelo menos três anos de políticas econômicas responsáveis. O difícil é acreditar que Dilma será capaz de fazê-lo.

O resultado do PIB é um desastre de qualquer ponto de vista que seja analisado. Motor do crescimento nos últimos anos, o consumo das famílias foi dilacerado pela carestia. Os consumidores foram obrigados a tirar itens essenciais do carrinho de supermercado porque o orçamento não comportava mais.

Parte da renda foi comprometida com o aumento das tarifas públicas, em especial, as da energia elétrica, que, na média, subiram mais de 50% neste ano. A corrosão do poder de compra está levando ao calote, que tende a se intensificar nos próximos meses, à medida que o desemprego for crescendo.

Pelos cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo das famílias caiu pelo segundo trimestre consecutivo — 1,5% e 2,1%, respectivamente —, fato que não se via há mais de uma década. Como a inflação continuará rodando acima de 9% no acumulado de 12 meses até pelo menos abril do próximo ano, não há como acreditar em recuperação da demanda. Por isso, os analistas ampliaram as projeções de retração do PIB para 2015 e 2016.

Consumo fraco das famílias significa menos vendas do varejo e encomendas menores à indústria. É esse ciclo vicioso que explica a brutal queda dos investimentos — somente entre abril e junho, o tombo chegou a 8,1%. Já são oito os trimestres seguidos de contração nos desembolsos das empresas. Os agentes econômicos não investem porque, quando olham para a frente, não veem perspectivas de melhoras. Muito pelo contrário.

Assim, diante da gravidade da crise política, que aprofunda os problemas da economia, preferem manter o dinheiro em caixa do que arcar com prejuízos por causa da fragilidade do consumo. Sem investimentos, não há como se falar em retomada do crescimento.

Por que "sim" aos bolivarianos e "não" às unidades da Federação?

Uma das consequências mais graves da apropriação do Estado por um partido político, como faculta nosso modelo institucional em sua irracionalidade, é o alinhamento do Itamaraty ao departamento de relações internacionais do Partido dos Trabalhadores. Não estou falando de uma hipótese ou de mera possibilidade. Nos últimos 13 anos, o que afirmo se expressa em longa lista de eventos. Dívidas perdoadas, contas não cobradas, financiamentos em condições especialíssimas, contratos sigilosos, acordos, extradições e por aí vai. O convênio que permitiu a vinda de médicos cubanos, por exemplo, é um caso escandaloso de superfaturamento, cujo objetivo visava mais à saúde financeira da empresa Castro&Castro Cia. Ltda. do que à saúde da população brasileira.

Mesmo que os financiamentos do BNDES sejam vistos como operações comerciais de interesse do mega-empresário pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva, ainda assim sobram exemplos para comprovar a influência petista nas relações externas do país. Nelas, sempre e sempre, a conta vem para nós, pagadores de impostos. O Brasil petista é o rei do camarote na América Ibérica.
O mesmo não se pode dizer das relações do governo com os Estados e municípios da Federação. Aqui as condições invertem, as torneiras se fecham, as contas são cobradas e a pontualidade nos pagamentos sai do calendário e vai para o relógio. Para a virada do ponteiro, como acaba de acontecer com o Rio Grande do Sul. Por quê?
O motivo é simples. Basta ter lido o Manifesto Comunista. Não precisa, sequer, dar-se à canseira de ler nosso marxista de exportação, Michael Löwry. O que está dito no Manifesto explica muito da história do movimento comunista internacional. Para Marx, o capitalismo era apátrida e o comunismo também deveria ser. Por isso, ele ensina que "o proletário não tem pátria" e o Manifesto se encerra com a consigna: "Proletários de todos os países! Uni-vos!". Para Rosa de Luxemburgo, o internacionalismo bolchevique era prova de inteligência política. Eis por que as manifestações de rua favoráveis ao governo são vermelhas. Eis a razão de existir do Foro de São Paulo. Está aí a função da Unasul e a "Pátria Grande". Quando o governo brasileiro concede favores a Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Nicarágua, Argentina, não é ao povo de cada um desses países que tais favores se dirigem, mas à unidade ideológica que interliga os respectivos governantes. É um apoio aos Castro, a Chávez e a Maduro, à Rafael Correa, a Evo Morales, aos Kirchner e a Daniel Ortega. Danem-se os respectivos povos e suas liberdades! Danem-se como se danaram os paraguaios quando o parlamento daquele país deu um "basta!" a Lugo, o bispo vermelho e sacripanta.
Estas reflexões são motivadas pelo transcurso da Semana da Pátria. Ela, como objeto de reverência, não entra nas reflexões de quem governa o país desde 2003. Eis o motivo pelo qual o imenso transatlântico chamado Brasil foi jogado irresponsavelmente contra os rochedos onde naufraga a esperança que um dia se anunciou vencedora do medo. Dane-se, também, o povo brasileiro, se isso for necessário para conquista e permanência no poder. Danem-se a ética, a responsabilidade, a competência, a credibilidade. Não é o Brasil e seu povo que interessam. É Lula. É Dilma. É o partido. 

É o poder. E viva o acordão!

É tolice desculpar um falhado

É uma tolice desculpar um falhado com argumentos de meio, época, saúde, idade, etc. O verdadeiro triunfador cria as condições da sua realização. Que se importa a gente com as doenças de Beethoven, e que pesam elas na sua obra? A natureza, quando dá génio, dá forças, tempo e coragem para vencer todos os obstáculos que o não deixem desabrochar. Não há malogrados. O único argumento a favor da sua existência é a idade. Ora na idade de malogrados morreram Keats, Cesário e Rafael... 
 
Construir uma vida e uma obra parece ter sido sempre a façanha dos grandes. E se Goethe precisou de oitenta anos para se cumprir, Shelley pediu um prazo mais curto à natureza. O que tinha a dizer, dizia-se mais depressa... 
Miguel Torga (1907 - 1995) 

A 'Geração dos Satisfeitos'... na Alemanha

A chamada "geração do meio", que abrange os cerca de 35 milhões de alemães com idade entre 30 e 59 anos, está satisfeita com a vida que leva. Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (02/09), 91% das pessoas nessa faixa etária na Alemanha classificam a qualidade geral de vida como boa ou muito boa. A pressão por mudança é pequena, mas eles esperam mais do governo federal e da economia.


Este é o resultado de uma pesquisa encomendada pela Associação Geral de Seguradoras da Alemanha (GDV, sigla em alemão). "Há poucos países no mundo em que tantas pessoas avaliam a qualidade de vida tão positivamente", disse a pesquisadora do instituto de pesquisa Allensbach, Renate Köcher. A Alemanha é tão atraente por ser estável e próspera economicamente, afirma.

Dois terços dos 1.020 entrevistados classificam o ambiente econômico para a sua geração como bom ou muito bom. "Há décadas, os temores sobre a segurança no emprego não eram tão baixos", disse Köcher.

No entanto, a economia não é a única razão para o clima positivo na sociedade alemã. A estabilidade política também contribui. Segundo a pesquisa, a "geração do meio" vê déficits especialmente no sistema de ensino, no combate da criminalidade e no fato de que não se poder confiar na legislação. Além disso, ela deseja que o Estado cobre menos taxas e impostos, menores diferenças entre pobres e ricos e um melhor equilíbrio entre profissão e família.
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Vale tudo para Dilma Rousseff permanecer no poder

As recentes alianças que a presidente Dilma Rousseff vem firmando reviram o estômago de qualquer cidadão que tenha o mínimo senso de dignidade, alguma noção de moral e um pouco de coerência.

O que vem ocorrendo é de escandalizar até mesmo um gigolô de beira de cais. Como se pode fazer alianças com pessoas a quem, em passado não muito distante, a então candidata Dilma tinha total desprezo.

Creio que nem Carlos Lacerda e os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart, quando, esquecendo todo um passado de lutas, mas na ânsia desenfreada de chegarem ao poder, bolaram a “Frente Ampla”, sonharam com total insensatez.

Nessa lamentável aliança, Carlos Lacerda deu, em sua carreira política, o tiro que os capangas de Getúlio Vargas, não lhe acertaram, no atentado da Rua Tonelero, em 1954. Realmente, agora entendo que o major Vaz, amigo e fiel seguidor de Carlos Lacerda, morreu em vão, para virar nome de túnel no Rio de Janeiro.

No desespero de chegar à presidência da República, pois dos três era o único que não se encontrava cassado, Lacerda esqueceu-se de tudo. Mandou, seu passado glorioso, sua vida de lutas e tudo o mais que caracterizava sua brilhante trajetória política às favas.

Creio mesmo que tenha olvidado sua inegável inteligência, em nome da ambição despudorada e desmedida. O único político coerente no episódIo foi Leonel Brizola,que convidado por amigos comuns para encontrar-se com Lacerda e participar do movimento foi direto em sua resposta:

“Não tenho assuntos a tratar com este senhor!”

Os lacerdistas deixaram de seguir seu lider e aqueles que sempre foram seus adversários continuaram inarredáveis em suas posições. A única exceção foi o ex-presidente Juscelino Kubitschek, que manteve relações de amizade com Lacerda até o final de sua vida.

Ambos tinham negócios imobiliários na então promissora Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e faziam consultas mútuas sobre terrenos no bairro.

Atualmente a luta pelo poder visa única e exclusivamente apoderar-se das gordas verbas públicas, dos impostos extorquidos da população, que nada recebe em troca.

Hoje assistimos perplexos a uma série de alianças espúrias, conchavos imorais, cumprimentos efusivos e jantares de confraternização unindo aqueles que há pouco tempo atrás se digladiavam no cenário político brasileiro.Tudo isto feito para alcançar o poder e dispor do erário público da forma mais indigna e imoral que for possível. O que interessa é ter a chave do cofre, é usufruir das verbas públicas, em proveito pessoal e dos seus protegidos. Uma indignidade total Uma vergonha nacional!

A hipocrisia tomou conta da política. A dignidade foi para a lata do lixo da História e a honra para o esgoto. O importante é se dar bem. Não se pensa no Brasil nem nos brasileiros. Essas tristes figuras, esses pobres diabos, agora ricos diabos, só pensam e querem tirar proveito de tudo. Dane-se o Brasil. Morram os pobres, os humildes, os que acordam cedo e trabalham honestamente. Está tudo dominado pela esperteza e pela corrupção. O importante é se dar bem! O povo que se vire. Eles exclamam: “nós somos superiores, os honestos que se danem!”

É neste caos que estamos vivendo,sem enxergar uma saída para toda essa podridão. Que Deus nos ajude e proteja o Brasil!

Com ou sem impeachment, é o fim do petismo

Não há mais como defender a continuidade desse período infeliz que já dura uma dúzia de anos, mesmo para o mais ardoroso defensor do petismo ou para fundadores do PT, como o advogado Hélio Bicudo. Somam-se agora a crise política, a crise econômica e a crise moral, a mais detestável de todas, contra um desgoverno e um projeto de poder que não tem mais como se sustentar.
Claro que os aprendizes da Venezuela, Cuba e Bolívia estão indo e irão para as ruas, como se tivessem um discurso político convincente, defender o governo lulopetista, inclusive ameaçando a nação, dizendo que pegarão em armas, montarão piquetes, farão sua guerra suicida diante da vontade da maioria absoluta da população brasileira.
Mas acabou! Eis o resumo da opereta vermelha.


A imponderável Dilma Rousseff, que já não consegue completar duas ou três frases, vê desmoronar sua tentativa de continuar presidindo o país, sufocada pela descrença política até de seus pares e daqueles que aparentemente deveriam estar ao seu lado, como o lobo Lula e seu uivo de cordeiro.

Vive de aumentar impostos para equilibrar a economia, ou de ameaças que não passam de balões de ensaio (como foi a CPMF) que aparecem num dia e somem no outro. Desmoralizada por escândalos constantes de seu partido (mensalão, Pasadena, petrolão etc.) e pela escalada diária da inflação (com aumento nos preços de alimentos, gás, luz, água, combustíveis, transportes etc.), não consegue ao menos pensar que foi o próprio PT que desmereceu o que anteriormente fora feito para sanear a economia no país, optando pelo caminho demagógico das urnas para se manter no poder. Esqueceu lições básicas em nome da demagogia de seu bruxo-mor. Não fez o que deveria ter sido feito em três administrações federais e agora tenta resolver tudo em frágeis canetadas palacianas. No caso específico da energia elétrica, sua incompetência foi absurda e monstruosa, desregulamentando completamente o setor, impondo custos altíssimos às empresas e aos contribuintes.

A inflação asfixia a economia, todos sabem disso. E não se resolve nada com passes de mágica, como sonha o autor da frase brilhante da “marolinha”. Enquanto isso, o Brasil sofre desgaste diário na área internacional, é ameaçado constantemente de rebaixamento de nota pelas agências de classificação de risco; é um país desnorteado que rola morro abaixo.

Os governistas apresentam um orçamento com um déficit primário de R$ 30,5 bilhões para 2016, causando turbulência no mercado e ainda mais tempestades para a já cambaleante economia nacional, às voltas com a previsão de PIB negativo em 2016. Em 2015, o primeiro semestre já registrou um PIB negativo de 1,9%, próximo ao que o governo previra para o ano: retração de 2%. Ao mesmo tempo, busca compensações, aumentando ainda mais a carga tributária imposta ao brasileiro, punindo sobretudo as classes mais desfavorecidas da população.

Além da total desarticulação econômica e política, os petistas não conseguem disfarçar, mesmo com a artilharia de sua mídia amiga e de militantes pagos nas redes sociais, o noticiário diário de fraudes, golpes, propinas e crimes contra o país. Incompetentes e irresponsáveis, arrasaram o país, liderados por um boquirroto, com sua conversa mole de ajudar aos pobres. Eis o resumo.

Resta ao PT e aos seus ideólogos, inclusive os que estão atrás das grades, depois de todo o mal que causaram ao país em 12 anos, pedir pra sair e cair fora de fininho.