domingo, 26 de abril de 2015

Falou. Não se desculpou


Dilma, como se espera de um poste, não fez nenhum gesto de pedir desculpas ao país. Com a cara de pau de sempre e a imaculada inocência dos culpados, acredita que o balanço da Petrobras jogou para debaixo do tapete a sujeira, o roubo, a falta de administração e principalmente o descaso com a população. Coisa de faxineira, contratada por temporada, não de presidente.

Dizer que a empresa "superou os problemas de gestão ligados à questão da Lava Jato, que ainda estivesse pesando" e agora vai lutar pela "recuperação". Aproveitou para enfiar no saco de cretinice a "reconstrução" como compromisso próprio e do seu governo. Falta de vergonha na cara explícita de quem esquenta o assento.

Logo ela que foi a toda-poderosa na empresa durante mais de uma década, a responsável pelos lucros e prejuízos, corrupção e roubos, vem agora falar em reconstrução por estar em jogo a "soberania nacional" e a "educação brasileira"? Tá de brincadeira ou menospreza a inteligência dos brasileiros para quem diz governar.

Dilma garante não apenas o título de primeira mulher a ocupar a presidência no país, mas exemplo da pior, mais desastrosa, incapaz e corrupta administração da história brasileira. Se sua imagem foi vendida como guerreira logo passou a faxineira, o que nunca no governo deixou de ser.

Tratar com falas de encomenda o desastre que foi a roubalheira na Petrobras – sem falar no que pode explodir, por exemplo, no BNDES – é se lixar para quem trabalha e paga seus impostos, acreditando em governança honesta e séria, no mínimo.

Dilma não pediu desculpas, nem pedirá, porque se acha a tal, cúmplice impune e imune, de um prejuízo que levará anos a ser pago. Sem contar os desastres sociais decorrentes de uma Petrobras quase no fundo do poço: obras paradas sem perspectiva de reinício, cidades abandonadas à própria sorte, desemprego, estagnação.

A história não negará à presidente, como a seu antecessor e criador, o verdadeiro epílogo de suas biografias: desastrados morais sob a faixa governamental.

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