segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Os ocultos


Frases de dezembro


Dezembro é o mês de uma infinidade de frases, que se repetem em todos os anos, sempre as mesmas. Vamos lembrar algumas, que estão sendo ditas, desde o dia 1º.:

"O ano passou num abrir e fechar de olhos"

"Você reparou quanta gente conhecida morreu este ano?"

"E todas quando a gente menos esperava"

"Eu espero que o ano que vem seja um pouquinho melhor"

"Pois eu, minha filha, não tenho nada que me queixar. Luís Mário passou de ano"

"Nunca houve um ano tão ruim para negócios"

"Vocês já viram quanto está custando um quilo de castanhas?"

"Minha filha, com a vida pelo preço que está, nós não vamos fazer nada. Mas, se você quiser aparecer lá em casa, com as crianças, só nos dará prazer"

"Eu tenho horror a datas... se não fossem as crianças..."

"Natal de pobre é no dia 26"

"Se o Dagoberto não estivesse tão atropelado,eu ia pedir para ir, com as crianças, passar Natal nos Estados Unidos"

"Olhe, Daniel, como eu sei que os seus negócios não vão bem, vou deixar os brincos de e esmeraldas para o ano que vem"

"Mamãe, o Luís Otávio falou que Papai Noel é o pai da gente"

"Olhe, se você não comer o ovinho todo, Papai Noel vai ficar tão triste que é capaz de não vir"

"Deixa passar esse negócio de Natal e Ano-Bom, que eu vou estudar uma maneira de ir pagando devagarzinho"

"Bom, o regime eu só vou começar depois do ano"

"Você não vai encontrar banco nenhum que desconte este título, a não ser depois do dia 1º."

"Eu quero ver se, de janeiro em diante, paro de fumar e de beber"

"Este ano só quem mandou presente foi o armazém e, assim mesmo, uma garrafinha de vinho do Porto"

"Eu já avisei a todo mundo, que não quero nada, porque não tenho para dar a ninguém"

"Logo que as crianças terminarem os exames, eu boto tudo num automóvel e levo lá para um sitiozinho que eu tenho em Thiago de Melo"

"Vocês sabiam que, no Norte, eles chamam rabanadas de fatias paridas?"

"O que é que você mais desejaria que o Ano Novo lhe trouxesse?"

"Minha filha, eu e as crianças estando com saúde, não preciso de mais nada"

"Minha mulher é uma santa. Ela falou que tudo o que eu tivesse de dar de Natal, desse às crianças"

"Falaram tanto dessas cestas! Você viu o que veio dentro?"

"Pois olhe, lá em Portugal, um quilo de castanhas custa três escudos"

"Mas, hoje em dia, qual é a diferença que existe entre o champanha nacional e o francês?"

"Com este, faz não sei quantos natais que eu não como uma fatia de peru"

"Você acha que, com as coisas como estão, este Governo aguenta até o fim do ano?"
Crônica de Antonio Maria publicada em 14/12/59

E aquela diretoria que fura poço?


Nada de mais exato foi dito até aqui para definir a pretensão dos partidos políticos na hora de lotearem o governo em nome da governabilidade.

"Aquela diretoria que fura poço” é uma expressão cunhada por Severino Cavalcanti (PP-PE), ex-presidente da Câmara dos Deputados, que renunciou ao mandato para escapar de ser cassado. Havia recebido um “mensalinho” de concessionário de restaurantes da Câmara.

Severino não queria um cargo qualquer para alguém do seu partido – de preferência, um nome escolhido por ele.

Queria algo equivalente a uma diretoria da Petrobras responsável por “furar poço”.

Um emprego desses mexe com muito dinheiro. E por mexer, permitiria a transferência de uma fatia dele para financiar campanhas eleitorais e enriquecer os mais destacados membros do PP.

Por que o espanto? Guarde seu espanto para o que lhe passo a contar.

Você já deve ter ouvido falar do ex-deputado Valdemar Costa Neto, ex-presidente do Partido da República (PR).

Sim, é aquele mesmo do processo do mensalão, condenado a sete anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto por corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ficou preso 11 meses.

Cumpre o resto da pena em casa, em Brasília. Pode ser encontrado com frequência na sede do PR, uma sala alugada no Bloco D, Torre A do edifício Liberty Mall.

O presidente de direito do PR é Alfredo Nascimento, ex-ministro dos Transportes, demitido por Dilma em 2011 sob suspeita de corrupção.

O presidente de fato é Valdemar. Nada se faz dentro no PR sem a aprovação dele.

O PR é um partido de porte médio. Saiu da eleição deste ano com 34 deputados federais – tinha 32. E com quatro senadores, o mesmo número que tinha.

Seu apoio na eleição para presidente da República foi intensamente disputado por Dilma e Aécio Neves.

Tudo porque ele dispunha de um minuto e poucos segundos de propaganda eleitoral. Mercadoria que valia ouro.

Dilma venceu a disputa. Para tal foi obrigada por Valdemar a chafurdar na lama.

Leia mais artigo de Ricardo Noblat

Canal estatal


Fenômeno na Espanha inspira descontentes no Brasil


As jornadas de junho de 2013 evidenciaram descontentamento da população brasileira com as instituições e os partidos políticos. Na Espanha, movimento semelhante, o do 15-M ou dos Indignados de 2011, culminou três anos depois com a criação do Podemos, partido fenômeno que, com apenas dois meses de vida, conquistou cinco cadeiras no Parlamento Europeu e obteve 1.245.948 milhão de votos. Ao identificar a insatisfação com a corrupção, com a polarização partidária e com os efeitos devastadores da crise econômica, o Podemos se consolidou como a terceira maior força política no país e já inspira grupos e movimentos sociais que enxergam no Brasil os mesmos elementos para tentar emplacar uma nova forma de fazer política.

É o caso do Avante, nome provisório do projeto de partido, ainda em tubo de ensaio, que ativistas de vários movimentos sociais pretendem criar em 2015. Bastante inspirado no exemplo espanhol, o Avante reúne também um grupo de dissidentes da Rede Sustentabilidade, que abandonou o partido que Marina Silva (hoje no PSB) tenta criar desde 2013 ao se desiludir com os rumos tomados pela campanha presidencial, sobretudo com o apoio da ex-senadora, no segundo turno, ao candidato do PSDB, Aécio Neves.

“As pessoas buscam uma alternativa, os reflexos dos movimentos de junho de 2013 ainda estão aí. (…) A Rede seria essa alternativa. Ela se antecipou à isso, teve essa visão. Mas ao apoiar um dos lados na eleição, ao fazer uma campanha tradicional, ela perdeu a possibilidade de atrair esse sentimento, de realmente ser uma outra forma de fazer política”, avalia o historiador e escritor Célio Turino, que foi porta-voz da Rede em São Paulo e que foi um dos 7 dos 12 membros da Executiva paulista a deixar o sigla depois das eleições. “Estamos estudando muito a experiência espanhola, principalmente esse modelo cidadanista, horizontal, baseado no tripé do bem viver, do bem comum e do ecossocialismo. O Brasil precisa de uma reaproximação das pessoas com o poder, existe um vazio a ser ocupado”, disse.

Ainda em fase embrionária, o Avante reúne pessoas de vários Estados do Brasil, sendo um “bom tanto” de ex-militantes da Rede, além de dissidentes de partidos como o próprio PT, o PSOL e o PCdoB, e ativistas ligados aos movimentos de defesa dos indígenas, da luta dos garis do Rio de Janeiro, de movimentos culturais, de direitos humanos, entre outros. A ideia é conseguir obter o registro do partido no primeiro semestre de 2015.

Leia mais a reportagem

Entrevista da cretinice presidencial


O Brasil não vive uma crise de corrupção, como dizem alguns. Nos últimos anos, começamos a pôr fim a um largo período de impunidade. Isso é um grande avanço para a democracia brasileira.
Como já disse, é a Polícia Federal do meu governo que conduz as investigações sobre a corrupção na Petrobras. Foram essas investigações que levaram ao desmantelamento de um esquema do qual se suspeita que tem décadas de existência, com anterioridade aos governos do PT
Leia a entrevista ao jornal Mercurio, do Chile 

Cobram caro, roubam muito e querem mais


A saída que o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vislumbra para colocar ordem no caos econômico que a presidente criou em 48 meses de Planalto é aumentar impostos

Impostos de Primeiro Mundo, serviços de Terceiro e de quinta qualidade. Uma equação insana que piorou muito na última década. Dados divulgados pela Receita Federal apontam que os tributos cobrados dos brasileiros bateram em 35,95% do PIB. É a mais alta proporção desde 2004, quando o indicador foi criado, e a 13ª maior do mundo.

O Brasil perde, pela ordem, para paraísos de excelência: Dinamarca (48%), França (45,3%), Itália (44,4%), Suécia (44,3%), Finlândia (44,1%), Áustria (43,2%), Noruega (42,2%), Hungria (38,9%), Luxemburgo (37,8%), Alemanha (37,6%), Eslovênia (37,4%) e Islândia (37,2%).

A contrapartida para o tanto que se paga é pior do que pífia. Um desequilíbrio estarrecedor, para usar uma das palavras prediletas da presidente Dilma Rousseff.

O país ocupa o 58º lugar entre os 65 que participam do Pisa, programa da OCDE que avalia jovens de 15 anos que concluíram a escolaridade básica; é o último no ranking do Instituto Bloomberg, que analisou os sistemas de saúde de 48 nações. Empata com Geórgia e Granada no 79º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), posição um ponto superior ao ano passado, comemorada com fogos de artifício pelo governo. Mas também aqui perde feio para vizinhos como Chile (41º), Argentina (49º), Uruguai (50º). Não alcança nem mesmo a empobrecida Venezuela (67º).

Leia mais o artigo de Mary Zaidan