sábado, 18 de outubro de 2014

A saída social

"Acredito que o melhor programa social é um emprego" 
Ex-presidente norte-americano Ronald Reagan (1911-2004)

Ovos, galinhas e ladrões


Quem chegou antes: empresários achacados por agentes públicos sob ameaças de grandes prejuízos ou os que subornaram para assaltar o Estado?

Com a explosão do escândalo da Petrobras e os depoimentos dos delatores premiados, tudo indica que, como nunca na História deste país, não veremos só políticos e banqueiros, mas os mais poderosos empreiteiros do Brasil, no banco dos réus, e talvez na cadeia. E o desmoronamento de uma organização criminosa formada por um cartel de empreiteiras numa ponta e partidos políticos na outra, com montanhas de dinheiro público no meio. Uma tsunami que provocará uma inevitável reforma política e eleitoral.

A extorsão e o suborno são o ovo e a galinha da corrupção brasileira. Quem chegou primeiro: os empresários achacados por agentes públicos sob ameaças de grandes prejuízos ou os que subornaram políticos e funcionários para assaltar o Estado? Além de eventuais prisões ou multas, se essas dez empreiteiras do cartel forem excluídas de concorrências públicas, que é o minimo que se pode esperar, o país vai parar. A coisa está feia para eles, mas principalmente para nós, que vamos pagar a conta que já estávamos pagando sem saber. O governo não sabia de nada.

O circo da empulhação

Não faltaram bancadas camelô para atrair os vauches de R$ 5 e R$ 10 da garotada
Quando se tem acesso à informação, é quando se vê como é cretina a administração petista em Maricá, onde chovem mentiras, como já se tornou tradição nos baronatos do PT. Bastou terminar a elogiadíssima festa literária municipal para as trombetas soarem como se o governo municipal tivesse parido uma Flip, quando gerou apenas uma traquinagem com dinheiro público.

O evento não passou de mais um espetáculo contratado com uma instituição para promover venda de saldão mais caro do que no Rio, sob o acerto com o dirigente da promotora, correligionário fiel da candidata petista.

O escândalo agora chega à mídia conivente como sucesso por movimentar 50 mil pessoas, numa população que não chega a 150 mil habitantes, durante 15 dias. É só fazer as contas e entender um pouco de matemática que se vê a impossibilidade de tal movimentação de olhômetro. 

Vai aí a diferença do que aconteceu quase na mesma época em Araxá, com pouco mais de 100 mil habitantes, no Triângulo Mineiro. Depois de quatro dias de debates, palestras, oficinas, intervenções artísticas e espetáculos teatrais, o III Festival Literário se encerrou atraindo 12 mil visitantes. O evento ainda promoveu um concurso de redação, que teve mais de três mil alunos inscritos e ainda incluiu a exposição do fotógrafo Daniel Mordzinski, Quartos de escrita – Retratos de Escritores em Hotéis, enfocando 70 grandes autores da literatura mundial clicados em hotéis, pelo mundo afora, que fica até o final do mês.

E não basta de mentira em Maricá, que consegue ainda índices mais fantásticos com as realizações petistas. Segundo a Prefeitura, a população com um PIB que beira R$ 1 mil foi capaz de sair comprando mais de 40 mil títulos. Mais e melhor fizeram em Araxá, onde o PIUB chega a quase R$ 3 mil. Lá foram vendidos os mesmos 40 mil títulos em quatro dias com menor e mais verídico público.

Quaquá e sua gangue novamente atacaram com mentiras a inteligência em Maricá, onde só financiam rabo de égua e caranguejo. Um só cresce para baixo e outro, só anda pra trás. Depois os petistas dizem que isso é a grande revolução no município. Bem, que pode ser, para os idiotas que mamam no Erário.

O pior que poderia acontecer


Após acusações, o perigo é que se monte um cenário que prejudique a governabilidade
E esse é o perigo de chegar às eleições com essa carga de agressividade e insultos mútuos, quer dizer, que o perdedor, seja quem for, monte outro cenário de guerra para impedir a governabilidade em vez de exercer uma oposição democrática e leal. Algo que desta vez seria ainda mais grave, já que aquele que assumir a responsabilidade de governar o país se verá obrigado a talvez tomar decisões impopulares para colocar o barco no rumo certo: não é nenhum segredo que o Brasil passa por uma grave crise econômica e de credibilidade por parte dos mercados.

O melhor para todos seria se o resultado final das eleições pusesse um ponto final na agressividade entre os candidatos, para que o novo responsável em comandar o destino de um país com a importância mundial do Brasil possa governar em paz, com a ajuda de todos, inclusive da oposição, sempre que esta também seja democrática, responsável e com o único objetivo de melhorar a nação.

O contrário seria um presente envenenado que os brasileiros não merecem. Alguns movimentos já teriam anunciado que, se Aécio ganhar, organizarão uma manifestação nas ruas todos os dias.

Difícil acreditar que seja verdade. Se for, seria injusto com um país que está lutando, com trabalho e esforço, para ser moderno, que está recuperando sua autoestima e que a única coisa que deseja é poder viver em paz e preparar para seus filhos um futuro de prosperidade que eles nunca puderam desfrutar.