segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O que acontece com a política?


Esse (o populismo) é um dos antídotos que partidos e líderes políticos utilizam para se proteger da antipolítica. Motivar os eleitores enaltecendo as virtudes do povo e denunciando as elites corruptas e depredadores que causam as adversidades da sofrida nação é uma estratégia bem antiga. E funciona. Rendeu grandes dividendos políticos aos coronéis Perón, Chávez e Putin, por exemplo. Suas práticas são conhecidas: prometer ao povo o que ele gosta de ouvir, mesmo que seja impossível ou irresponsável cumprir essas promessas. E os resultados do populismo também são conhecidos: alta popularidade temporal do caudilho e danos permanentes na economia do país. E o surgimento de uma nova elite tão ou mais corrupta que a anterior.

Dilma e o PT insistem na mentira


Mentira tem pernas curtas, diz o ditado. A campanha de Dilma vai continuar a esticá-las no limite máximo. Ou dá certo, ou arrebentam.

Não há dinheiro desviado, partido algum recebeu um centavo sequer dos contratos da Petrobras, muito menos o PT. Tudo não passa de ação eleitoreira, da qual o ex Lula está de “saco cheio” e Dilma classifica como “golpe”.

A ordem unida no petismo é bater e rebater esse discurso, acrescido de duras críticas à mídia, responsável pelo “vazamento” das denúncias. Sobre a gravidade delas, nenhum pio.

Diante dos previsíveis danos dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef à campanha da reeleição, o PT e a candidata Dilma Rousseff não tinham saída: usar e abusar da inversão da culpa, tática que eles tão bem dominam – Lula à frente.

Quem conseguiu transformar compradores de um dossiê falso contra José Serra (PSDB-SP) em “aloprados”, mensalão em caixa dois, mensaleiros em “guerreiros do povo brasileiro”, tudo pode.

Quem tem parceiros como Fernando Collor e Renan Calheiros, com os quais a presidente desfilou em campanha em Alagoas, quem se aliou ao clã dos Sarneys e a Paulo Maluf, pode mesmo afirmar que é o maior combatente contra a corrupção, algo que Dilma passou a enfiar em todos os discursos.