terça-feira, 7 de outubro de 2014

A maldição do segundo mandato


Se afinal Dilma Rousseff se mantiver mais quatro anos no poder, deverá responder a uma pergunta: Para quê?
 Franklin D. Roosevelt, o homem que impôs, graças a seus êxitos e às circunstâncias, a recuperação do espírito da Constituição dos Estados Unidos, limitando a dois os mandatos presidenciais, pôde e teve tempo, além de ajuda e uma guerra mundial, de cumprir seus programas. Desde então, os segundos mandatos são, quase sempre, uma esperança frustrada e frustrante.

Se afinal Dilma Rousseff se mantiver mais quatro anos no poder, deverá responder uma pergunta: Para quê? Depois de sua segunda vitória, Barack Obama consolidaria sua célebre reforma do sistema de saúde e empreender a reforma da imigração. A primeira fracassou por incompetência. A segunda não foi adiante porque o grande orador nunca soube que, em política, o importante é a capacidade de fazer acordos, embora seja com o Tea Party.

O previsível segundo mandato de Dilma não é o do êxito da igualdade de oportunidades do operário metalúrgico convertido em homem de Estado, mas o da governante que deverá – sem sequer propor um pacto com as novas realidades –, administrar as hipotecas de uma forma de fazer política baseada na corrupção e o clientelismo.

A vida imita a charge


Resta a Dilma ser humilde

Ricardo Noblat comenta o possível comportamento de Dilma no segundo turno

Prefeito ganhou, o povo perdeu


Nós não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter um certo efeito
Joseph Goebbels

Eleito para revolucionar o município nada fazia em nome de estar arrumando a casa. Anunciava, no entanto, uma chuva torrencial de verbas parlamentares para alavancar inúmeros projetos. Não choveu na horta como esperava, os projetos mofaram nas gavetas. Colocava aloprados por todo canto e aí esperando engordar o caixa, tentando colocar a mulher na Alerj. Não deu.

Para a reeleição prometeu, com a casa arrumada, mundo e fundos. Ficou no fundo. Traria desenvolvimento e mais melhorias (sic) que nunca surgiam. Com os royalties jorrando grosso, perambulou pelo mundo: Itália, Cauba, França, Espanha, Bahia, Maranhão, chegou até a China! E com ele um bonde a tiracolo.

Passou “asfalso” em entrada de ruas, cantou loas a empreendimentos que não saíram do papel, fez o Erário abrir as bicas para promoção de um governo de descalabro. Criou até empresa de ônibus com veículos há mais de seis meses estacionados em pátio de aeroporto interditado.

A demagogia não parou. Muito menos o tanque de promessas que sempre tem de estar cheio para levar no gogó os incautos e os comissionados. Fez o diabo a gosto dos petistas e de sua cambada de bem pagos. Levou todos na mentira como é do seu gosto.    

Em campanha pela mulher e pelo presidente da Câmara aos legislativos estadual e federal, manteve a lenga-lenga. “Já foi feito muito e precisamos fazer mais. A mudança não pode parar”. Às custas do dinheiro público de Maricá, sustentou campanhas dos dois pela Baixada e Rio de Janeiro. Prometeu que agora chegarão os tão esperados recursos que prometia há seis anos só por colocar enfim gente dele nas Câmaras.

A mudança realmente não parou, vai continuar com a mesma demagogia de coronel dono de um curral de eleitores, ainda fiéis acreditando que enfim virão recursos das Câmaras. Mas o quanto virão se ainda resta pagar aos eleitores da Baixada? Ou esses não serão gratificados?


Maricá pagou com o dinheiro dos royalties, que seria para saúde, saneamento e educação, a campanha milionária. No jargão da bandidagem, o prefeito agora pode dizer: “Perdeu”. E o povo vai sustentar mais um bonde e pagar caro a campanha de 2016, porque está sustentando um monopólio político dos mais corruptos do país.