sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Será o futuro?


Pare para pensar nas semelhanças

O chavismo, que nacionalizou até a produção de arroz e feijão, agora caminha para privatizar o ativo estratégico mais importante do país
(...) Exemplo que ilustra, mais uma vez, que os fatos não importam e a realidade não existe, que tudo pode ser reduzido ao relato, a uma narrativa esotérica que viola qualquer possibilidade de sermos objetivos. Os bolivarianos falam tanto sobre a economia estatal, mas destroem o Estado. São vítimas das conspirações do império, mas renunciam a conservar o poder dentro do território do próprio. São humildes socialistas, mas possuem contas em bancos internacionais com uma inimaginável quantidade de zeros em seus saldos.
(...)
O chavismo, que expropriou até o fornecimento de arroz e feijão, agora caminha para privatizar o ativo estratégico mais importante do país. Finalmente, entende-se porque falam de socialismo do século XXI. O socialismo do século XX fazia exatamente o contrário.

Pachelbel

Johann Christoph Pachelbel (1653 - 1706) 

Lembrai os sem-nome

A multidão de trabalhadores pobres que passam ao nosso lado sem que pronunciemos seu nome também é carne e sangue da nossa sociedade
Alguém escreveu que somos salvos ou nos perdemos juntos, os batizados e os sem-nome. Talvez não seja inútil lembrar disso nestes tempos em que novamente se põem a caminho, fugindo da violência, as dolorosas caravanas de gente sem presente e sem futuro.

Quando colocarmos o nosso voto nas urnas não faria mal se lembrar que deveria servir também e sobretudo a essa caravana de invisíveis em uma sociedade onde o que parece contar é o brilhar mais e aparecer.